A saúde mental é alvo de iniciativas em escolas das redes pública e particular de ensino. Promover rodas de conversa foi a forma que o Centro Educacional Sigma encontrou de lidar com conflitos dentro da escola. As aulas de convivência ética se tornaram obrigatórias para os 2.700 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental das cinco unidades do colégio. A ação começou em 2017, depois que a instituição enfrentou uma situação delicada: uma aluna namorava alguém de fora da escola, e isso foi parar nas redes sociais de forma deturpada. Pouco mais de um ano depois, a iniciativa faz sucesso entre os estudantes e tem surtido efeitos. A matéria é, antes de tudo, uma oportunidade para os adolescentes se abrirem. "Podemos conversar sobre assuntos dos quais não costumamos falar, tópicos polêmicos, sem ter interrupções e livremente", ressalta Alice Campos, 14 anos, aluna do 9º ano. A colega Luisa Chalita, 14, concorda. "Damos nossa opinião ao discutir temas como feminismo, machismo e aborto, podemos chegar a consensos e sair com o pensamento diferente", explica.