Exemplo da diferença que faz um relacionamento mais caloroso entre professores, funcionários e alunos é o Projeto Gentileza, desenvolvido desde o início do ano no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 10 de Ceilândia. "Trabalhamos valores perdidos na sociedade, o convívio harmônico, o cuidado com o outro, saber se colocar no lugar do outro, a autoestima", observa Flávia Hamid Cândida, diretora do centro de ensino. Professora de geografia, ela percebe que as atividades previnem e combatem casos de bullying, automutilação e tendências autodestrutivas. A preocupação com a saúde mental dos estudantes têm se intensificado na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SE/DF), e Ceilândia é um foco de atenção por ser a região onde a pasta observou maior número de ocorrências entre estudantes. "É a maior regional que temos, não em quantidade de escolas, mas de alunos. Então, os números de lá são maiores", pondera Jackeline Domingues de Aguiar, diretora de Serviços e Projetos Especiais de Ensino da SE/DF. Desde 2009, o órgão promove, anualmente, a Semana de Educação para a Vida, com atividades nas escolas públicas.