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Ícone histórico da Portela ganha prêmio de ‘Personalidade de 2024’


Por Flipar
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O reconhecimento foi concedido pelo Estandarte de Ouro, prêmio organizado pelos jornais O Globo e Extra.

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Pela Portela, Vilma já havia levado quatro estandartes de melhor porta-bandeira (1977, 1978, 1979 e 1989) e um de destaque feminino, em 1982. Conheça mais sobre ela!

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Vilma Nascimento nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Seu nome é presença marcante na história do samba e da própria Portela.

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Desde muito nova, Vilma já era uma apaixonada pelo samba. Aos poucos, ela foi construindo uma carreira lendária que a consagrou como “Rainha das Porta-Bandeiras”.

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Seu primeiro contato com o samba aconteceu no bloco Unidos de Dona Clara, ainda aos 7 anos. Aos 16 anos, estreou como porta-bandeira na União de Vaz Lobo, escola de sua mãe.

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Na época, Vilma tinha que conciliar a paixão pelo samba com a carreira de dançarina na boate Night and Day. Lá, ela dançava com a bandeira da Portela.

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Um dia, o bicheiro Natalino José do Nascimento, conhecido como Natal, que era o patrono da escola de samba de Madureira, soube disso e foi até a boate saber o que estava acontecendo.

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Ao ver a performance de Vilma, Natal ficou tão impressionado que quis contratá-la como a porta-bandeira oficial da escola de samba.

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A estreia na Portela aconteceu em 1957. Em 1988, Vilma já havia alcançado um status de mito do Carnaval depois de conquistar 15 notas 10!

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No total, Vilma comemorou oito títulos de campeã pela escola do coração.

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Ela não só ganhou muitos prêmios como também quebrou vários padrões da passarela, como na vez em que desfilou sem peruca ou quando pintou a própria cabeça de prateado.

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Vilma também foi a responsável por sugerir ao seu estilista a criação de um talabarte, uma faixa com um pequeno copo na ponta, onde ela encaixava o mastro de sua bandeira.

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Após uma desavença com a diretoria, Vilma deixou a Portela em 1979, afirmando que nunca desfilaria como porta-bandeira em outra escola.

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Durante oito anos, ela manteve essa decisão, mas, 1988, aos 49 anos, Vilma decidiu retornar ao posto de porta-bandeira, desta vez pela Tradição, escola que ajudara a fundar em 1984.

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Sua volta foi marcada por um desfile triunfal, acompanhado por uma chuva de espumante e a presença de muitos jornalistas. Ao sair da avenida, ela foi ovacionada pelo então senador Fernando Henrique Cardoso.

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Sua elegância, leveza e postura impecável transformaram o jeito de ser porta-bandeira, inspirando gerações de sambistas que surgiram depois.

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Vilma recebeu o apelido de 'Cisne da Passarela', dado pelo jornalista Valdinar Ranulfo, que buscou traduzir a beleza e a fluidez dos movimentos da sambista.

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Há quem diga que Vilma não apenas levava o estandarte da Portela, ela o conduzia com poesia, transformando cada desfile em um momento mágico.

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Em 2023, Vilma passou por uma situação constrangedora enquanto fazia compras em uma loja no Aeroporto de Brasília.

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Uma funcionária do estabelecimento abordou a ex-porta-bandeira e pediu para que ela abrisse a bolsa e retirasse seus pertences para provar que não havia furtado nenhum item das prateleiras.

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O episódio, que foi divulgado em um vídeo nas redes sociais pela filha da sambista, gerou uma grande comoção popular. Várias personalidades se manifestaram a favor da ex-porta-bandeira.

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Na ocasião, Vilma voltava de um evento na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia da Consciência Negra.

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Após se aposentar das passarelas, Vilma se tornou baluarte da Portela, posição que demonstra o respeito e a admiração que a escola nutre por sua trajetória.

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Sua presença no mundo do samba continua viva, inspirando novos talentos e perpetuando sua história como símbolo de força, talento e resistência.

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