Graças ao feito, eles faturaram um prêmio de US$ 700 mil.
O pergaminho é um dos 800 chamados 'Papiros de Herculano', que foram queimados pela erupção do Monte Vesúvio, na Itália.
Os textos foram descobertos no século 18, mas era difícil lê-los porque mexer neles com as mãos os despedaçava.
Desde o século 19, ninguém mais tentou desenrolar o pergaminho fisicamente. Os textos são considerados únicos no mundo e têm um conhecimento antigo sem igual.
A equipe vencedora identificou mais de 2 mil letras gregas utilizando uma técnica inovadora.
Lançada em 2023, a competição chamada de 'Desafio Vesúvio' foi criada especificamente para decifrar textos antigos.
A disputa reuniu pesquisadores de todo o mundo, que tinham que decifrar digitalizações de um dos pergaminhos encontrados na região sem tocá-lo.
Em uma entrevista ao The Guardian, um dos vencedores, Youssef Nader, descreveu a experiência como “uma jornada incrivelmente gratificante”.
Os pergaminhos foram encontrados na antiga cidade romana de Herculano, que foi destruída pela erupção do Vesúvio.
O 'Desafio Vesúvio' foi criado por por Brent Seales, cientista da computação da Universidade de Kentucky, nos EUA, junto com Nat Friedman e Daniel Gross.
Os prêmios podem chegar a US$ 1 milhão (cerca de R$ 4.970.000,00) para quem conseguir atingir vários objetivos usando visão computacional, “machine learning” (“máquinas de aprendizado”) e, é claro, muita dedicação.
As regras funcionavam assim: para ganhar o prêmio principal de US$ 700 mil, os participantes teriam que decifrar pelo menos 85% de quatro trechos, cada um com pelo menos 140 caracteres. Também foram concedidos vários prêmios menores ao longo do ano.
Os estudantes ensinaram computadores a decifrar mais de 2 mil caracteres nos textos, ultrapassando o necessário para ganhar o prêmio.
Os pesquisadores dizem que os textos parecem ser sobre alguns costumes e prazeres da época, incluindo música e comida.
Agora os organizadores já estão planejando o 'Desafio Vesúvio 2' para 2024, no qual quem decifrar 90% dos quatro pergaminhos digitalizados será premiado.
Ainda no embalo de descobertas históricas, pesquisadores da Universidade de Tsinghua, na China, traduziram cinco documentos em folhas de bambu que datam do período dos “Reinos de Batalha”, há mais de dois mil anos.
“Entre eles estão dois documentos sobre rituais. Essa é a primeira descoberta de livros sobre rituais do período pré-Qin (antes de 221 a.C.) escritos em folhas de bambu do período dos Reinos Combatentes (475-221 a.C.)', explicou Huang Dekuan, diretor do Centro de Pesquisa e Conservação da universidade.
A universidade possui cerca de 2.500 folhas de bambu desse período e vem estudando esses documentos desde 2008, publicando resultados anuais desde 2011.
Segundo informações da Xinhua News Agency, a coleção deste ano inclui documentos sobre jantares cerimoniais da nobreza da época.