Segundo a pesquisa do Departamento de Energia dos EUA, o lÃtio presente no lago poderia produzir baterias para 375 milhões de veÃculos elétricos.
Como comparação, em todo o território norte-americano, atualmente, existem menos de 300 milhões de carros elétricos registrados.
Estudos apontam que seria possível retirar 600 mil toneladas de lítio por ano do lago Salton, que fica na Falha de San Andreas, uma falha geológica provocada pela constante atividade sísmica numa região de placas tectônicas.
O lago Salton foi formado em 1905, depois de uma subida do nível das águas do Rio Colorado devido a um erro de cálculo de uma obra. É um lago de água salgada com 889 km² de área.
O lítio é considerado um dos minerais mais importantes do mundo devido à sua utilização para as tecnologias mais básicas da atualidade.
Um relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia aponta que a demanda pelo lítio teve um aumento expressivo entre 2017 e 2022.
A alta procura pelo mineral se deve à necessidade cada vez maior do setor de energia.
Segundo a agência, triplicou a demanda geral por lítio, usado na fabricação de baterias de veículos elétricos.
O lítio também é usado na fabricação de baterias de celulares, notebooks, indústria farmacêutica (antidepressivos), produção de graxas/lubrificantes, vidros e cerâmica.
O lítio pode ser localizado em rochas e salmouras (em formas de sais) ao redor do mundo.
O lítio é extraído dos minerais espudomênio, lepidolita, petalita e ambligonita
A América do Sul, Oceania e Ásia são os continentes com maior concentração de reservas de lítio no mundo.
Segundo o USGS, o Chile detém a maior reserva de lítio do planeta (46,6%), com destaque para o Salar de Atacama.
A Austrália, onde ficam o Mount Caitlin e o Mount Marion, vem na sequência com 28,9%.
No Brasil (0,5%), os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul e Minas Gerais têm reservas de lítio.
O Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, concentra 85% das reservas brasileiras, com um estoque estimado em 470 mil toneladas.
No entanto, o mercado está aquecendo e algumas previsões indicam que haverá desabastecimento já em 2025.
Com o interesse cada vez maior pelo mineral, especialistas temem que as tradicionais perfurações e a criação de enormes piscinas de evaporação agravem ainda mais a crise ambiental.