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Repórter larga o microfone para salvar criança


Por Flipar
Reprodução de vídeo Reuters

O repórter Yüksel Akalan, do canal A Haber, estava no ar para reportar o terremoto quando houve um segundo tremor.

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Todos começaram a correr e ele percebeu a presença de uma criança perto de um prédio.

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Yüksel correu em direção ao local onde a menina estava para resgatá-la. .

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Ele segurou a criança no colo e saiu rapidamente daquela área.

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Ele tentou acalmar a criança, que chorava desesperada.

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O repórter deixou a menina com algumas pessoas, em área aberta, fora do alcance de escombros em caso de desabamento, e seguiu a transmissão.

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Logo em seguida, ocorreu um desmoronamento no local onde a criança havia sido resgatada.

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A jornalista Esra Arpa, colega de Yüksel, que acompanhava o repórter no trabalho, disse que a equipe foi pega de surpresa com o novo tremor.

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Segundo ela, a equipe iria para um hotel, mas, de repente, se viu em meio a mais um abalo.

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Do nada, estávamos no meio dos escombros e nuvens de poeira. Foi um momento de horror', disse.

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O primeiro terremoto - mais violento - tinha ocorrido às 4h17 da madrugada de segunda-feira (6/2) na Turquia (2h17 de domingo no Brasil).

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Milhares de casas e prédios foram abaixo, deixando pessoas soterradas.

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Moradores começaram as buscas por vizinhos e parentes. Na imagem, um sobrevivente sendo resgatado.

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O epicentro do abalo sísmico foi na cidade de Gaziantep.

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Ali morreu, entre outros, o goleiro Eyüp Türkaslan, do Malatyaspor, que passava os dias de folga na cidade natal. A mulher dele sobreviveu.

Divulgação Malatyaspor

Mas outras cidades também foram atingidas. Em cada quarteirão, dezenas de pessoas se juntavam sobre montes de escombros para tentar localizar sobreviventes.

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O tremor foi tão forte que os abalos também foram sentidos no Líbano, Chipre, Israel e Síria, onde milhares de pessoas também ficaram soterradas.

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Ao longo do dia, prédios que ainda estavam de pé, mas danificados pelo terremoto, começaram a ruir.

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Por toda parte, se viam pessoas correndo dos escombros e da nuvem de poeira causada pelo desmoronamento dos edifícios.

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Na Síria, uma menina de 18 meses foi salva nos escombros na cidade de Azaz. A mãe grávida e dois filhos mais velhos morreram.

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Num dos prédios, uma cama ficou à beira do precipício criado pelo desmoronamento de parte do edifício.

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Bombeiros usavam escada mecânica para resgatar pessoas nos apartamentos mais altos.

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Em choque, as pessoas eram levadas para atendimento em meio ao caos que se formou com a tragédia.

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Uma imagem marcante foi a de um pai, sem qualquer casaco, no ambiente de neve, aliviado por encontrar o filho vivo. Foi o que bastou para aquecê-lo.

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Centenas de pessoas que sobreviveram e não tinham para onde ir faziam fogueiras para se aquecer. O frio e a fome predominavam no ambiente caótico.

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