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Mulher que chicoteou entregador se muda do prédio


Por Flipar
reprodução redes sociais

Moradora de São Conrado, na zona sul do Rio, Sandra causou revolta a partir da divulgação de imagens em que ela agride entregadores que atuam no bairro. Um deles foi chicoteado.

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A vítima que sofreu as chicotadas é o entregador Max Angelo.

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Ele contou que Sandra, primeiro, fez agressões verbais - e que não foi a primeira vez.

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Sandra disse que ele era favelado e deveria voltar pro morro porque ela é que pagava IPTU caro para viver ali.

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Depois, ela partiu para a violência física. Tentou derrubar o rapaz, agarrando seus braços e suas pernas.

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Sandra chegou a cair no chão, mas sozinha. As imagens mostram que o rapaz, em nenhum momento, reagiu com truculência.

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As agressões foram feitas exclusivamente pela mulher, que não parava de avançar, furiosa, sobre o jovem trabalhador.

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Sandra, então, decidiu retirar a coleira do cachorro para usar como chicote.

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As imagens mostram Sandra dando chicotadas no rapaz, que tenta apenas se proteger.

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O vídeo das agressões, estarrecedor, viralizou nas redes sociais, causando indignação.

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As agressões foram registradas na delegacia, que assumiu a investigação do caso.

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Max Angelo fez exame de corpo de delito no IML, constatando as marcas da violência.

Divulgação

'Ela tá me classificando como escravo. O tempo da escravidão já acabou', protestou o rapaz, indignado.

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Sandra também avançou sobre outros entregadores que trabalham na região.

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Eles disseram que ela os olhava com ódio, por serem moradores da Rocinha, favela que fica no lado oposto dos prédios chiques do bairro de São Conrado.

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Além de dar consultas como nutricionista, Sandra Mathias mantinha uma escolinha de vôlei na praia do Leblon.

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Mas, após o episódio, o trecho da praia ficou sem a rede de vôlei. Depois, ela parou de dar aulas no local.

Reprodução TV Globo

Sandra Mathias já tinha passagens pela polícia por furto de energia elétrica e por ameaça.

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As agressões contra os entregadores foram registradas como 'injúria', mas há possibilidade de mudança para 'injúria racial', crime que desde janeiro deste ano foi equiparado ao racismo.

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Sandra também foi acusada de agressão contra a entregadora Viviane Souza. Mas neste caso o próprio Ministério Público pediu a rejeição da queixa-crime contra Sandra porque os documentos no processo não descrevem os crimes de forma individualizada.

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