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Assédio e “sumiço”: brasileira dá volta ao mundo e viraliza na web


Por Flipar
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Ela nasceu no bairro Carrão, na Zona Leste de São Paulo e se formou em jornalismo.

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Em março de 2022, a paulistana deixou o Brasil com o objetivo de se tornar a primeira brasileira negra a conhecer todos os países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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Ela já passou por países como Egito, Tanzânia, Nova Zelândia, Tonga, Canadá, Fiji, Granada, Indonésia, Japão, Butão, Ucrânia, Afeganistão e muitos outros!

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No Afeganistão, a influenciadora contou que tomou um susto ao ser parada pelo Talibã. “O Tali me parou agora pedindo o meu passaporte no meio da avenida, vinte homens me cercaram e ficaram olhando sabe?”, contou.

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Nataly tem registrado todos os passos das viagens em seu perfil do Instagram, o 'Viaje Sem Limites'.

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Quando visitou a Geórgia, a brasileira contou que um conheceu um senhor que lhe mostrou uma folha impressa em preto e branco com a foto de Pelé, seu ídolo.

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Entre as muitas aventuras, a brasileira também contou que foi recebida com festa por mulheres na Jordânia, que até quiseram lhe arrumar um casamento.

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Quando estava no Egito, a paulistana comemorou o aniversário de 29 anos com os seguidores. 'O mundo é minha casa e sou feliz pela liberdade que tenho de ir para onde quero', escreveu na legenda.

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Em 2022, em entrevista à TV Globo, a jornalista contou que estudou em escola pública quase a vida toda e teve uma adolescência marcada pelo racismo.

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“O que me motivou a buscar novas oportunidades e me jogar no mundo foram episódios de bullying, algumas situações que eu sofri na escola em que eu estudava, como chacotas, pessoas me ameaçavam de pegar na saída”, contou.

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“Me empurravam, cuspiam em mim, tentavam me empurrar da escada, entre outras situações bem difíceis, como apelidos, piadas. Não aceitavam eu ser uma aluna negra, fazendo a diferença na escola e sendo contada pelas professoras e diretores”, desabafou.

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E a brasileira acabou descobrindo que episódios como esse se repetem também em vários lugares do mundo. Na Polônia, por exemplo, ela contou que viu pessoas atravessando a rua para não ficarem no mesmo lado que ela.

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“As pessoas apontavam, me chamavam de “black” me chamavam de “monkey” (macaco, em inglês), eu fui me sentindo muito desconfortável a ponto de começar a chorar no meio da rua porque eu não estava acreditando naquela situação que eu estava vivendo”, contou a brasileira.

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“Ser mulher viajante negra é um outro desafio também porque em muitos lugares as pessoas não estão acostumadas a ver uma pessoa negra frequentando um aeroporto, uma sala vip, restaurante ou ficando hospedada em um resort no hotel”, desabafou Nataly.

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Antes de começar a rodar o mundo, a jornalista mantinha um canal no YouTube com 162 vídeos publicados. Os temas variavam entre dicas de viagem e até um passo a passo de como conseguir um visto americano.

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Na descrição do canal, ela se apresenta: “Meu nome é Nataly, sou jornalista e nômade digital. Viajo o mundo desde 2013 e há 9 anos compartilho um pouco de cada lugar aqui”.

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Em 2017, a brasileira chegou a morar nos Estados Unidos por um ano, onde trabalhou como redatora, assistente de edição e produtora de conteúdo em Orlando, na Flórida.

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Recentemente, uma situação envolvendo a influenciadora chamou a atenção nas redes sociais. Nataly ficou “desaparecida” por cerca de 60 horas e chegou a estampar matérias de veículos de imprensa relatando seu sumiço.

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No fim da noite de domingo (29/10), seu perfil no Instagram divulgou que amigos e familiares não estavam conseguindo entrar em contato com a brasileira desde sexta-feira (27).

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Nataly estava saindo da Republica da Guiné quando ficou sem internet e perdeu contato com a família.

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Por volta das 21h40 desta segunda-feira (30), porém, Nataly publicou um vídeo tranquilizando os seguidores e explicando toda a situação.

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Ela contou que precisou mudar a rota de última hora. “Passei por algumas situações complicadas nos últimos dias enquanto fazia o trecho da África Ocidental via terrestre. Passei pelo Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa e acabei de chegar na Libéria”, contou.

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Em mais um perrengue, ela relatou que foi assediada em uma das fronteiras e por isso decidiu trocar o destino. “O último vídeo que enviei pra minha família foi chorando após o assédio e, em seguida, fiquei sem contato”, explicou.

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“Obrigada pelas mensagens, apoio e toda ajuda. Vocês são uma família para mim. Quem está aqui comigo, sabe que eu não preciso mentir para ganhar seguidores”, finalizou.

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