O cantor Paulo Miklos, do Titãs, e a primeira-dama Janja da Silva também participaram do encontro.
Um dos fundadores da celebrada banda de rock Pink Floyd, Roger Waters está no Brasil para apresentar shows de sua nova turnê “This is Not A Drill”.
Em seu perfil oficial, Lula lembrou que o britânico quis vê-lo quando o político estava preso: 'Há cinco anos, Roger Waters tentou me visitar em Curitiba e foi impedido.'
'Hoje, quando ele retorna ao Brasil, nos encontramos no gabinete da presidência no Palácio do Planalto. #WishYouWereHere', completou Lula na postagem, utilizando como hashtag o título de uma das músicas mais famosas do Pink Floyd.
O ex-Pink Floyd foi um crítico agudo de Jair Bolsonaro durante o mandato presidencial do adversário de Lula.
Em 2022, quando Bolsonaro concorreu à reeleição contra Lula, Waters chamou o político do PL de 'porco fascista' em entrevista à Folha de S.Paulo.
Quatro anos antes, às vésperas de Bolsonaro ser eleito, Roger Waters gerou polêmica durante apresentações da turnê 'Us + Them' no Brasil. No meio dos shows, ele manifestou-se contra o então candidato.
'Disseram que se eu fizesse alguma coisa política no meu show depois das dez da noite, me colocariam na prisão', declarou à Folha de S.Paulo sobre show em Curitiba um dia antes do pleito.
Na apresentação ocorrida no estádio Couto Pereira, o astro fez seu protesto: 'São 9:58. Nos disseram que não podemos falar sobre a eleição depois das dez da noite. É lei. Temos 30 segundos. Essa é nossa última chance de resistir ao fascismo antes de domingo. Ele, não!'
Waters também já fez homenagens em shows à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. No ano passado, um telão com dados sobre o crime foi aceso durante sua performance em Detroit (EUA).
O roqueiro também costuma se posicionar a favor da causa Palestina e em tom crítico a Israel.
Em 2015, Waters divulgou carta pedindo que os brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil cancelassem um show da turnê da dupla em Israel como forma de boicote ao país do Oriente Médio.
Recentemente, durante show em Berlim, capital da Alemanha, o cantor provocou controvérsia ao utilizar um uniforme de estilo nazista.
Segundo ele, que foi alvo de repúdio do estado israelense, a performance foi 'claramente uma declaração em oposição ao fascismo, injustiça e fanatismo em todas as suas formas'.
'Minha recente apresentação em Berlim atraiu ataques de má-fé daqueles que querem me caluniar e me silenciar porque discordam de minhas opiniões políticas e princípios morais', afirmou em comunicado nas redes sociais.
O fato fez a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o Instituto Memorial do Holocausto (IMH) protocolarem pedido para que o governo cancelasse as apresentações de Waters no Brasil.
Em resposta a essas manifestações, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, escreveu no X, antigo Twitter, que cancelar os shows seria promover censura prévia, contrariando a Constituição brasileira.
A turnê “This is Not a Drill” é considerada uma “primeira despedida” de Roger Waters dos palcos.
Ela faz um percurso pela carreira do Pink Floyd e os sucessos dos álbuns “Dark Side of the Moon”, “Wish You Were Here”, “Animals”, “The Wall” entre outros.
Entre outubro e novembro, a turnê passará por Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo.