A AIDS é a sigla (em inglês) da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana, afeta as defesas do organismo e, geralmente, o portador morre de outras doenças, agravadas pela existência do HIV. A pessoa tem dificuldade de reação.
A primeira morte ocorreu em 1957 no Congo, mas apenas anos depois, com análise de sangue preservado, foi possível saber que o paciente - um homem - teve o vírus. A AIDS só foi documentada em 1981. Nos anos 1980 e 90, houve uma grande incidência.
No início, a doença era uma sentença de morte. O portador do HIV tinha poucos anos ou até mesmo alguns meses de vida.
Na época, além dos efeitos colaterais, os pacientes tinham que tomar muitos medicamentos, às vezes dezenas. Hoje, são poucos e às vezes só um, com nenhum ou pouco efeito colateral. Um tratamento bem feito permite ao portador do HIV ter uma vida com poucas ou nenhuma limitação.
A maior forma de transmissão da doença é através do sexo. Assim, a principal forma de prevenção é a camisinha.
O compartilhamento de seringas também é arriscado e pode transmitir o vírus.
O leite materno infectado também pode transmitir a doença.
O HIV, uma vez dentro do corpo, age destruindo o nosso sistema imunológico. Assim, o portador do vírus fica suscetível a doenças 'oportunistas' como tuberculose e pneumonia...e uma delas pode acabar levando o soropositivo à morte.
Até hoje, cerca de 40 milhões de pessoas morreram com Aids no mundo. Cerca de 35 milhões têm HIV. No Brasil, são cerca de 920 mil pessoas infectadas. Dessas, cerca de 95% não desenvolveram a doença, mas têm o vírus e o não transmitem, por conta de uma carga viral baixa.
No Brasil, um dos artistas que morreram no começo da epidemia de Aids foi o cantor Cazuza, em 1990, aos 32 anos. Estima-se que ele adquiriu o HIV em 1985 e logo desenvolveu a AIDS.
Também cantor, Renato Russo, da Banda Legião Urbana, morreu de AIDS em 1996, aos 36 anos. Ele ficou sete anos com o vírus.
Em 1993, a atriz Sandra Bréa assumiu que tinha HIV e virou ativista na área, dizendo que se trataria e morreria de outra coisa. Em 2000, ela faleceu de câncer. Em 1989, o ator Lauro Corona também faleceu por conta da AIDS. Estima-se que ele adquiriu o vírus em 1985.
Em agosto de 1997, o sociólogo Betinho morreu com Aids, aos 61 anos. Ele e dois irmãos - o cartunista Henfil e o compositor Chico Mário - morreram após serem contaminados com o vírus HIV por transfusão de sangue, procedimento necessário, já que eles eram hemofílicos.
Em 1994, faleceu a atriz Cláudia Magno, aos 35 anos. Ela ficou com os sintomas por cerca de um ano e namorou o ator Marcelo Ibrahim, que morreu com sintomas da AIDS, embora nunca tenha se confirmado que era portador do HIV. Ele faleceu em 1986, aos 24 anos.
O ator Wagner Bello, o eterno Etevaldo de 'Castelo Rá-tim-bum', faleceu em 1994, com 34 anos. Também ator, Paulo César Bacellar da Silva, o Paulette morreu em 93, aos 41 anos.
Fora do Brasil, um famoso que morreu de AIDS foi o cantor Freddie Mercury, em 1991, aos 45 anos. A imprensa começou a dizer que ele tinha a doença em 1986, mas ele só confirmou publicamente poucos dias antes de morrer, em 24/11/1991, aos 45 anos.
O filósofo Michel Foucault morreu em 1984, aos 57 anos. Após a sua morte, o então companheiro Daniel Defert fundou a instituição de caridade AIDES.
O ator Anthony Perkins, para sempre lembrado como Norman Bates no clássico de terror 'Psicose' (1960), de Alfred Hitchcock, faleceu em 1992, aos 60 anos, também vítima da AIDS.
Jerry Herman, compositor famoso, morreu em 2019, por conta de uma infecção pulmonar. Até hoje, não foi revelado se a doença tem relação com o HIV, vírus que ele adquiriu em 1985. O artista tinha 88 anos.
Hoje, é possível viver com o vírus de forma tranquila, com acompanhamento. O ex-jogador de basquete Magic Johnson, por exemplo, revelou ter o vírus em 1991. 32 anos depois, esbanja saúde. E defende a causa contra o preconceito.
Outro portador que fala abertamente da doença é o cantor Andy Bell, vocalista do dueto Erasure. Ele descobriu o HIV em 1998 e hoje a doença está controlada, sem ser transmissível.
Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo quatro de ouro, o americano Greg Louganis tem HIV desde 1988, mas só revelou cerca de dez anos depois. Ele é um dos fenômenos dos saltos ornamentais e também exibe boa forma. Hoje, está com 63 anos.
Outro nome ligado ao esporte e que tem o vírus é o o ex-nadador e hoje ator Jack Mackenroth. Ele convive com o HIV desde 1990. Ao longo dessas pouco mais de 3 décadas, o americano exibe boa forma e quebra estigmas ligados à doença.
O ator americano Charlie Sheen, conhecido mundialmente pelo papel de Charlie Harper em 'Two And a Half Men', é outro que convive com o vírus, fala abertamente sobre isso e demonstra saúde. Em 2015, ele afirmou que descobriu o HIV em 2011.
O cantor austríaco Thomas Neuwirth, mais conhecido pelo nome artístico de Conchita Wurst, revelou em 2018 ter o vírus. Ele conta ainda que está indetectável, ou seja, sem transmitir o vírus.