Foram coletadas amostras de solo com pequenas contas com “quantidades substanciais” de água
A coleta foi feita pela sonda lunar chinesa Chang’e 5.
A água estava incrustada em pequenas esferas de vidro formadas em meio à 'sujeira lunar' provocada por impactos de meteoritos.
A descoberta foi publicada pela revista Nature Geoscience, especializada em Ciência.
O cientista Hejiu Hui, que participou do estudo, disse que, como existem bilhões, senão trilhões, dessas esferas formadas por causa dos impactos, isso pode representar um volume significativo de água.
Hejiu Hui é pesquisador da Universidade de Nanjing, uma das instituições de ensino mais prestigiadas da China.
Fundada em 1902, a Universidade Nanjing é formada por 21 escolas com 59 departamentos e recebe aproximadamente 43.000 estudantes.
Nanjing (ou Nanquim) é a segunda maior cidade do Leste da China. É capital da província de Jiangsu. Ocupa 6 587 km² e tem cerca de 9,5 milhões de habitantes.
O estudo aponta que, em futuras missões dos robôs, a água poderá ser extraída por meio do aquecimento das esferas.
Acredita-se que um calor moderado de cerca de 100 °C seria suficiente para extrair a água dessas esferas.
O líquido poderia servir não só para futuras tripulações como também para ser usado em combustíveis dos foguetes.
Pesquisas anteriores já tinham identificado água em esferas de vidro formadas pela atividade vulcânica lunar.
Amostras foram trazidas para a Terra pelos astronautas que estiveram na Lua há mais de meio século na Missão Apollo.
A Nasa, agência espacial norte-americana, informou que pretende organizar uma nova missão espacial lunar.
A NASA quer enviar astronautas de volta à Lua até o fim de 2025.
O objetivo é ir até o polo sul lunar, pois acredita-se que nessa região as crateras estejam cheias de água congelada.
Ainda há muitos mistérios no satélite da Terra, que tanto inspira e instiga.