Segundo os parlamentares, essa igreja estaria envolvida na promoção de práticas de mudança de orientação sexual, a chamada “cura gay”.
O pedido de investigação vem após o falecimento da influenciadora apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, Karol Eller, na semana passada, na cidade de São Paulo.
Em setembro, após participar de um retiro cristão, a influenciadora, que era lésbica, fez um post nas redes sociais alegando ter “renunciado à prática homossexual”, além de “vícios e desejos da carne”.
A influencer, que apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morreu no dia 12/10, após cair de um prédio. O 27º Distrito Policial registrou o caso como “suicídio consumado”.
Momentos antes da confirmação da morte, ela havia publicado mensagens nas redes sociais com afirmações como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”.
A notícia da morte foi primeiro anunciada por políticos, incluindo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), e também foi confirmada nas redes sociais da própria influencer.
“Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares”, comunicou Nikolas no X (ex-Twitter).
Horas antes, o deputado havia manifestado preocupação com as postagens de Karol. 'Estou tentando ligar pra Karol Eller mas ela não atende. Alguém que está em SP pode ligar para a polícia e ir no endereço??', escreveu no X.
Vários políticos do entorno de Bolsonaro manifestaram solidariedade nas redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse: “que Deus, em sua infinita bondade, conforte familiares e amigos. Vai fazer falta por aqui”.
“Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!”, declarou Flávio Bolsonaro.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) compartilhou fotos ao lado da influenciadora e disse: “vou sentir tantas saudades!”.
Karol Eller se tornou conhecida como ativista política enquanto estava morando nos Estados Unidos e compartilhava sua vida por lá.
Foi nesse período que ela se envolveu com a política e estabeleceu conexões com a família Bolsonaro.
Em agosto de 2023, Karol se filiou ao Partido Liberal, o mesmo de Jair Bolsonaro.
Um ano após o início do governo de Jair Bolsonaro em 2018, Karol Eller foi nomeada para um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mas, em 2023, ela acabou demitida depois de participar dos atos extremistas de 8 de janeiro.
Algum tempo depois, a influenciadora começou a trabalhar como assistente do Deputado Estadual paulista Paulo Mansur (PL-SP).
Karol Eller tinha cerca de 600 mil seguidores no Instagram.
A influenciadora era prima de 3º grau da cantora Cássia Eller, que morreu em 2001, aos 39 anos, após sofrer um ataque cardíaco.
Em dezembro de 2019, Karol Eller sofreu uma agressão na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, enquanto estava com a sua namorada.
Naquela época, ela recebeu apoio de seguidores de Bolsonaro e grupos LGBTQIA+. Inicialmente, o incidente foi tratado como um possível ataque homofóbico.
Após uma análise das imagens das câmeras de segurança e depoimentos, a Polícia Civil do Rio concluiu que Eller tinha iniciado a briga, motivada por ciúmes da sua parceira. As duas tiveram que responder por denunciação caluniosa.
O Flipar reforça que, em casos de depressão, o Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar.
Essa organização se dedica a fornecer apoio emocional e prevenir o suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita a todas as pessoas que desejam conversar, mantendo total sigilo.
O atendimento funciona 24 horas por dia, todos os dias, por meio de telefone (188), e-mail, chat e Skype.
Além deles, o Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também está disponível para lidar com problemas relacionados a questões psicológicas.
O Nusam oferece atendimento tanto presencial, em ambulâncias, quanto à distância, por telefone, por meio da Central de Regulação Médica 192.