Os fazendeiros Jim Bristle, de 75 anos, e Trent Satterthwaite, de 64, foram pegos de surpresa enquanto trabalhavam nas lavouras de soja em Chelsea, no sudeste de Michigan.
Os dois operavam duas máquinas pesadas que cavavam profundamente o solo à procura de uma estação de bombeamento.
Enquanto cavavam, a terra se movia suavemente, quando então, de repente, a máquina começou a tremer.
Foi nessa hora que eles perceberam que algo grande e pré-histórico estava escondido nas profundezas do solo.
“Achar um mamute na minha plantação de soja é a descoberta de nossas vidas“, disse Bristle.
Essa história toda começou em 2015, quando Bristle decidiu comprar 40 acres de terra para fazer melhorias na drenagem do local.
A ossada, uma enorme costela, com cerca de 1,5 metros de comprimento, surgiu na pá da escavadora de Satterthwaite.
Os fazendeiros não ficaram satisfeitos apenas com a costela e continuaram a cavar. Dessa vez, os dois encontraram o osso pélvico do animal.
Aproximadamente 20% do esqueleto do mamute foi resgatado, incluindo partes como o crânio, os enormes dentes de 2,7 metros, diversas vértebras, costelas, pelve e ambas as escápulas.
É provável que o mamute tenha morrido durante a temporada de acasalamento. Ele tinha sinais de danos no crânio devido a um confronto com outro da mesma espécie.
A água pouco profunda e a ausência de oxigênio desencadearam um processo natural de conservação da carne.
Dessa forma, os primeiros habitantes locais poderiam voltar meses depois para recuperar a carne e encontrá-la em boas condições, apesar do tempo passado.
Além do fóssil em si, três pedras do tamanho de bolas de basquete estava do lado do mamute, sendo uma delas bem maior do que as outras.
Sobre a função das pedras, um paleontólogo teorizou que quando os humanos retornaram no inverno para recuperar a carne, é provável que a lagoa estivesse congelada, com pelo menos 30 centímetros de espessura de gelo.
Arrebentar um gelo tão grosso não seria nada fácil, mas eles desenvolveram um método.
A pressão exercida pelas pedras fez parte do trabalho, criando buracos no gelo. Isso permitiu o acesso à carne do mamute.
Um dos agricultores fez a doação dos restos do mamute ao Museu de Paleontologia da Universidade de Michigan.
O mamute lanoso habitou vastas áreas do hemisfério norte durante a era do Pleistoceno, que ocorreu há aproximadamente 200.000 anos atrás e terminou há cerca de 10.000 anos.
Os mamutes lanosos eram parentes próximos dos elefantes modernos e compartilhavam muitas semelhanças em termos de aparência e estrutura corporal.
A característica mais marcante do mamute lanoso era seu longo e espesso pelo, que era adaptado para suportar o clima frio das regiões onde habitava.
A extinção dos mamutes lanosos é um tópico de debate entre os cientistas, mas várias teorias apontam para mudanças climáticas drásticas, caça excessiva por seres humanos e pressão ambiental como possíveis fatores contribuintes.