Segundo reportagens, ele prometia ajudar os idosos que não recebiam suas aposentadorias a recuperar o dinheiro atrasado.
O caso ocorreu na cidade de Unaí, em Minas Gerais.
Nas redes sociais, Wanderson Camargos costumava mostrar um estilo de vida de luxo e ostentação, exibindo carrões e festas.
O golpista escolheu Dubai, nos Emirados Árabes, para se casar com sua parceira, Kelly Camargos, em janeiro do ano passado, por exemplo.
A festa de casamento, que durou quatro dias, aconteceu em um hotel onde as diárias custam até R$ 40 mil.
No último fim de semana, Wanderson e Kelly renovaram seus votos em sua fazenda, com uma festa para 300 convidados que incluiu a presença do cantor Leo Chaves.
Na manhã desta segunda-feira (25/09), o advogado estava com suas contas nas redes sociais desativadas.
As informações sobre o esquema foram inicialmente divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo.
Segundo a polícia, ele não entregava o dinheiro das ações judiciais.
O esquema fraudulento atingia principalmente pessoas que haviam se aposentado, mas não tinham recebido os pagamentos atrasados do benefício.
O advogado prometia recuperar esses valores, mas acabava se apropriando e controlando o dinheiro.
Em seguida, as vítimas procuravam retirar o dinheiro, mas descobriam que suas contas bancárias estavam zeradas, sendo informadas de que o advogado tinha feito o saque através de uma procuração.
Segundo o programa Fantástico, duas das vítimas tinham até dificuldades em ler e escrever.
Dona Nice, uma delas, relatou: “ele deu um contrato. Só que eu não sei ler, aí eu assinei”.
'É um absurdo que a pessoa está lesando tanta gente para fazer um casamento de luxo. [Na minha casa] não tem uma fruta, não tem um pedaço de carne pra comer. Não tem nada', completou Dona Nice.
O escritório do advogado em Unaí, Minas Gerais, afirma ser especializado em assuntos relacionados à “previdência, pensões e auxílio-doença”.
Segundo o próprio site do escritório, eles atuam no mercado “há mais de 18 anos” e possuem mais de 30 filiais em diferentes estados, incluindo Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Espírito Santo.
Especialistas argumentam que se alguém não sabe ler ou escrever adequadamente, é necessário visitar um cartório antes de assinar qualquer procuração. Lá, os atendentes podem fazer a leitura do conteúdo para qualquer um.