Lilson Braga, de 66 anos, morreu com um tiro no peito enquanto dormia.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Isabella da Silva Oliveira assumiu a identidade do patrão para realizar saques em dinheiro com o cartão da vítima.
Com base em mensagens obtidas, acredita-se que ela possa ter até mesmo contribuído para a morte da mãe dele, uma senhora de 91 anos.
A idosa morreu seis dias após o filho, sem os cuidados necessários, já que, fingindo ser Lilson, a empregada despediu a cuidadora da idosa.
É que, após o crime, Isabella passou a mandar mensagens como se fosse o patrão. E ignorava as chamadas da filha dele, que vive na Espanha, limitando a comunicação apenas por meio de mensagens de texto.
A idosa morava em outra casa, no mesmo terreno. Segundo a polícia, Isabella escreveu a seguinte mensagem no celular de Lilson para a cuidadora “Tá f* pra mim ficar gastando esse dinheiro todo. Vou começar eu mesmo a cuidar da minha mãe. Não quero te deixar na mão, fica tranquila. Mas vou te pagar esse mês e depois eu mesmo vou dar meu jeito'.
Foram quase noventa dias de investigação até que as autoridades chegassem à jovem.
Isabella foi presa no dia 2/7 no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O processo de apuração indica que ela planejou antecipadamente o crime com o intuiro de roubar pertences do patrão.
Além de ter confessado o crime, ela alegou que “estava descontente com algumas atitudes do patrão”., tentando transferir para a vítima alguma culpa. Mas esse discurso não colou.
Para cometer o crime, ela usou a própria arma que Lilson guardava em casa.
A empregada fez diversas buscas na web para aprender a manusear e atirar com um revólver.
Segundo as investigações, ela chegou a pesquisar os termos “tiro na posição sentada”, “tiro no peito mata” e “treinando tiro”.
O filho de Lilson encontrou o corpo do idoso no dia 9 de maio, 40 dias depois do crime.
O corpo dele foi achado dentro da cisterna da casa onde morava, em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Os policiais suspeitam que Isabella pode não ter agido sozinha, pois o corpo de Lilson foi levado do segundo andar para o térreo.
“Ela teve ajuda de alguém para que houvesse o transporte do corpo até a cisterna[...]”, disse o delegado responsável pelo caso.
Segundo os investigadores, a motivação do crime foi financeira, visto que, além de ter feito saques em nome da vítima, a jovem ainda levou todas as joias e dinheiro em espécie que ficava guardado dentro de casa.
A vítima tinha moedas estrangeiras, dólares, euros e dinheiro na conta bancária.
No dia 3/7 Isabella foi conduzida ao presídio de Benfica e vai responder à ação penal na justiça.