Isso ocorreu durante um período de 48 a 71 segundos antes da implosão que matou todos e destruiu o submersível.
Há quem critique que a mídia ainda divulgue fatos sobre essa tragédia, mas as informações passadas por especialistas servem de base para estudos que possam evitar problemas semelhantes no futuro. Portanto, o assunto Titan ainda deve persistsir por muito tempo e as pesquisas devem avançar para proteção em novas expedições.
Os destroços do submersível Titan foram trazidos à superfície no dia 28/06.
Entre as partes resgatadas estavam fragmentos metálicos, incluindo a parte dianteira com uma janela pela qual os cinco homens conseguiam observar o lado de fora.
Também havia um objeto repleto de cabos, peças mecânicas e grandes placas de metal branco, que aparentavam fazer parte da cobertura externa e da estrutura de aterrissagem do submarino.
Os destroços foram trazidos no navio Horizon Arctic e descarregados em um cais da Guarda Costeira canadense.
O resgate foi feito pelo Conselho de Investigação Marinha (MBI), o mais alto nível de investigação da Guarda Costeira dos EUA.
Além da estrutura do submersível, também descobriram restos mortais dos passageiros.
Uma das peças é ampla e circular, semelhante à seção localizada na extremidade traseira do casco.
Outra parte resgatada se assemelhava às antenas que se projetavam do topo do Titan.
Antes de serem içadas por guindastes e transportadas em caminhões, as peças foram protegidas por lonas.
A chegada das peças aconteceu exatamente dez dias após o desaparecimento do submersível.
Após a divulgação de que os passageiros ficariam sem oxigênio na cápsula, um robô finalmente localizou destroços e os especialistas concluíram que uma implosão destruiu o Titan e matou as pessoas a bordo.
A investigação do incidente ficou a cargo da Guarda Costeira dos Estados Unidos. Especialistas já vinham expressando preocupações sobre risco de tragédia, indicando que a embarcação não era adequada para atingir grandes profundidades.
Segundo eles, o casco feito de fibra de carbono não era apropriado para esse tipo de atividade em profundidade tão grande.
Especialistas também alertaram sobre a janela de visualização, que não possuía certificação para mergulhos em tais condições.
Os destroços estavam no fundo do mar, a 500 metros da proa do Titanic, e foram localizados em 22/6 após uma ampla missão de busca e resgate.
O naufrágio fica quase quatro quilômetros abaixo da superfície do oceano e a mais de 640 km da costa de Terra Nova, no Canadá.
O Titan perdeu contato com o cargueiro “Polar Prince” cerca de 1 hora e 45 minutos depois de ser lançado ao mar.
Em uma implosão, acontece o contrário do que aconteceria em uma explosão, ou seja, o objeto se contrai e é esmagado de fora para dentro.
Segundo especialistas, a ação é muito rápida e tudo acontece em uma questão de milissegundos.
No fundo do mar, quanto maior a profundidade, maior é a pressão exercida pela água. Por isso, é fundamental usar materiais que suportem tamanha pressão, o que não era o caso do Titan.