Segundo o MetSul, todas as cinco regiões do país serão afetadas.
Há a possibilidade de recordes de temperatura em alguns locais, especialmente durante o período que abrange o fim desta semana e o início da próxima.
A previsão indica que o calorão deve bater os 40°C em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
De acordo com o alerta emitido pela MetSul, os estados mais impactados serão Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nos quais a maioria das cidades deverá enfrentar temperaturas acima dos 40ºC.
Nas áreas próximas ao Pantanal, espera-se que as temperaturas atinjam níveis ainda mais extremos.
No Rio de Janeiro, durante o próximo fim de semana, é possível que algumas áreas do estado alcancem ou até superem a marca dos 40ºC.
Em Minas Gerais, o calor extremo deverá afetar principalmente o Triângulo Mineiro e o Noroeste do estado.
Segundo a MetSul, a temperatura mais alta oficialmente registrada no Brasil na história foi de 44,8°C, em Nova Maringá, Mato Grosso, nos dias 4 e 5 de novembro de 2020.
Os meteorologistas ressaltam que durante esta onda de calor excepcional, é possível que esses recordes sejam quebrados.
Um dos locais onde se prevê a possibilidade de quebrar recordes de temperatura é a cidade de São Paulo.
Tanto no interior quanto na capital, existe a chance de as temperaturas atingirem valores entre 37ºC e 39ºC.
Já existem países e cidades que estão se preparando para os dias de calor intenso cada vez mais frequentes trazidos pelas mudanças climáticas. Um bom exemplo é Singapura.
A primeira medida da cidade-Estado foi levantar prédios mais frescos. O Hospital Khoo Teck Puat, por exemplo, foi construído em formato de “V”, para canalizar a brisa fresca até um lago próximo, levando ar frio à construção sem o uso de ar condicionado.
A construção também faz uso de árvores e plantas em um jardim no terraço, que produzem sombra e absorvem o calor.
Além disso, existe um mecanismo que lança água no ar, retirando o calor do solo para devolvê-lo ao ambiente.
Segundo alguns pesquisadores e cientistas, plantar mais árvores é o modo mais efetivo de reduzir a temperatura de uma cidade.
Durante o período diurno, essas árvores desempenham um papel crucial ao proteger as pessoas dos raios de sol, ao mesmo tempo em que impedem que o calor seja absorvido pela superfície das calçadas.
Para Brian Stone, diretor do Laboratório de Clima Urbano no Instituto de Tecnologia Georgia, embora haja custos, tais despesas representam apenas uma fração do que as cidades investem em outras medidas de proteção ambiental.
Outro exemplo de projeto “anti-mudanças climáticas” em Singapura é o parque 'Gardens by the Bay”, que fica em Marina Bay.
O bairro é uma combinação de edifícios de diferentes tamanhos, que atuam como velas, capturando a brisa do mar e direcionando-a para as ruas.
Em vez de resfriar espaços individuais separadamente, Marina Bay adotou um sistema de resfriamento centralizado que atende a vários edifícios simultaneamente, direcionando água gelada por uma extensa rede de tubulações.
Para os especialistas, só em conseguir manter as temperaturas urbanas em níveis estáveis já representaria uma grande conquista.
Calor extremo, além de desconfortável, pode levar a doenças crônicas e à morte, incluindo exaustão por calor, danos aos rins e até ataques cardíacos.
Além disso, existe uma expectativa de que até 2050, cerca de dois terços da população mundial esteja vivendo em áreas urbanas, o que torna o desafio ainda maior.
Segundo o The New York Times, a maior parte do problema vem da forma como as cidades são pensadas. Derrubar árvores e retirar plantas que refrescam o ar naturalmente é um problema.
Os arranha-céus se transformam em canyons urbanos que limitam o fluxo do vento e se revertem em bolsões de calor. Além disso, há os exaustores dos automóveis à combustão, que liberam ar quente na atmosfera.