Amy Jaden Winehouse nasceu em Londres, em 14/9/1983, e foi criada no subúrbio de Southgate. Oriunda de família judaica, sua mãe Janis era farmacêutica e seu pai Mitch era instalador de painéis e taxista, além de cantor amador.
A influência para a música veio da família. Seu pai era fã de Frank Sinatra e Tony Bennett. Por meio de seu irmão, Amhy conheceu o grunge, estilo de rock americano, e o jazz, quando completou 18 anos.
Ela também se identificou com o R&B (Rhythm e Blues) e o hip-hop. Amy começou a mostrar seu talento musical aos 9 anos. Estudou por 4 anos numa escola de artes particular para aprimorar suas habilidades.
Depois fez audição no colégio Sylvia Young Theatre School. Os jurados ficaram tão impressionados com sua performance que lhe deram uma bolsa de estudos onde teve práticas artísticas como atuação, dança e canto, sempre com êxito.
No entanto, ela não se dedicava a matérias acadêmicas. E, muitas vezes, teve mau comportamento, o que acarretou sua expulsão depois de um ano por indisciplina.
Aos catorze, ela teve seus primeiros contatos com as drogas e depois de um ano passou a se apresentar em pequenos clubes de jazz em Londres, além de começar a compor suas músicas. Contudo, surgiram sinais de bulimia, um distúrbio alimentar.
Ela teria admitido o problema aos seus pais, mas eles acreditaram que seria algo passageiro. Ainda sem conseguir o sucesso na música, Amy trabalhou como jornalista e num estúdio de tatuagem para contribuir na renda de casa.
Mesmo tendo sido expulsa do Sylvia Young Theatre School, a diretora da escola indicou Amy para um teste vocacional para o grupo National Youth Jazz Orchestra. Ela foi aprovada como vocalista.
Tyler James (foto), um amigo da época da escola, a viu na National Youth Orchestra e sugeriu que Amy gravasse um CD. Ele entregou o disco e ajudou Amy a assinar seu primeiro contrato com uma gravadora.
Aos 20 anos, a cantora e compositora gravou e lançou o seu primeiro álbum, ‘Frank’, em 2003. A maior parte das obras foi inspirada no seu relacionamento com o repórter Chris Taylor, quando trabalhava como jornalista. Outros citam seus problemas familiares como 'What It Is About Men?'
A princípio, os resultados foram discretos. Mas, para promover seu trabalho, Winehouse fez turnê pelo Reino Unido. Deu certo. Até o primeiro semestre de 2004, ela vendeu mais de duzentas mil cópias do CD, além de receber o disco de ouro.
Já em 2006, Amy lançou o grande trabalho da sua carreira, o álbum ‘Back to Black’, bastante elogiado pela crítica. O trabalho foi tão impactante que atingiu recordes de venda tanto em território britânico como norte-americano.
Por sinal, foi o disco mais vendido no mundo com seis milhões de exemplares, em 2007. Amy recebeu seis indicações ao prêmio ‘Grammy Awards’ do ano seguinte e não venceu apenas uma delas. Tornou-se a maior vencedora britânica em apenas uma edição da cerimônia, até aquele momento.
A canção Rehab foi a produção mais marcante de Winehouse em ‘Back to Black’. A música foi baseada nas tentativas de seus empresários de interná-la em uma clínica de reabilitação devido ao seu vício com o álcool.
Outros sucessos são 'You know I'm no good', 'Valerie', 'Me and Mr.Jones', ‘Just friends’, ‘Stronger than me’, ‘Love is a losing game’, ‘Wake up alone’ e ‘Fuck me pumps’.
Em 2007, Amy teve seu primeiro grande problema com as drogas. Ela entrou em coma por overdose, se recuperou, mas seguiu consumindo drogas. No ano seguinte foi pega usando crack e internada numa clínica de reabilitação.
A cantora foi encontrada morta em sua casa em Canden Town, em Londres, devido a uma intoxicação alcoólica aos 27 anos.
Assim, ela entrou para a lista de músicos que morreram com a mesma idade, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e Brian Jones - e que, por isso, formam o chamado Clube dos 27, como se houvesse uma maldição no meio musical com o número 27.
Depois de sua morte, outros três álbuns de Winehouse foram lançados: ‘Amy Winehouse at the BBC’ (foto), ‘The album collection’ ambos em 2012 e ‘AMY’ em 2015.
Além disso, o disco ‘Back to black’ se tornou o mais vendido no século 21 no Reino Unido. Após sua morte, foram vendidos mais 2,4 milhões de álbuns. Antes, a marca era superior a quatro milhões de cópias.
Amy foi procurada por personalidades e marcas milionárias para a realização de shows. Dasha Zhukova (foto), noiva do magnata russo Roman Abramovich, a contratou para apresentar-se na inauguração de uma galeria de arte em Moscou. Ela recebeu 1,9 milhão de dólares pela performance.
Apesar do pouco tempo de carreira, Amy também foi um símbolo fashion por renomadas marcas de moda graças ao seu visual único com o cabelo com volume no alto chamado ‘beehive’, popular na década de 1960, além das sombras negras nos olhos.
Buscando aproveitar essa representatividade, a Louis Vuitton a convidou para se apresentar no encerramento de um desfile de moda em Paris e Winehouse embolsou um milhão de dólares.
“Sem Amy, não haveria Adele, nem Duffy, nem Lady Gaga. Foi ela quem moldou o cenário musical atual mesmo depois de ter-se afastado da música. Graças a Winehouse, as mulheres tornaram-se credíveis e tiveram voz. Ela introduziu uma atitude completamente nova”, escreveu um jornalista do ‘The Independent’.
Na vida amorosa, a cantora teve um relacionamento conturbado com Blake Fielder-Civil, ex-assistente de vídeo, que também tinha dependência química e lhe apresentou algumas drogas.
Os problemas entre eles inspiraram algumas músicas, especialmente presentes no álbum ‘Back to Black’. Winehouse e Blake se casaram em 2007, mas o matrimônio chegou ao fim dois anos depois, pois o ex-assistente de vídeo a traiu com a modelo Sophie Schandorff.