Segurança

Pra quem não viu: Entenda ação de traficantes no Aeroporto de Guarulhos


Por Flipar
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A história delas é um alerta sobre o perigo causado por bandidos que são funcionários em aeroportos.

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No caso delas, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior terminal aeroportuário do Brasil.

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Desde 5 de março até 11 de abril, elas ficaram presas nesta Penitenciária Feminina de Frankfurt, na Alemanha, onde foram detidas por suspeita de tráfico internacional de drogas.

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As duas passaram 38 dias presas até que ficasse comprovado que bandidos tinham trocado as etiquetas das malas e, portanto, as drogas encontradas pelos agentes alemães na bagagem não pertenciam a elas.

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Jeanne e Katyna, que vivem juntas em Goiás, retornaram ao Brasil em abril, para alívio delas e da família, após muita angústia.

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Jeanne e Katyna são casadas há 12 anos, moram em Goiânia e costumam viajar nas férias.

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Em entrevista ao programa 'Encontro', logo após o retorno, elas disseram que estavam traumatizadas, sem condição de retomar a rotina normal. E que iriam buscar indenização pelo mal que sofreram.

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Elas foram soltas a partir de investigação da Polícia Federal que comprovou um esquema criminoso no aeroporto. Em julho, quatro meses após a libertação de Jeanne e Katyna na Alemanha, a PF prendeu 16 integrantes da quadrilha.

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Na casa de uma funcionária que recebeu as malas com drogas no guichê do check-in, a polícia encontrou R$ 40 mil e ela confessou envolvimento no esquema.

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Para investigar o caso, a Polícia Federal analisou imagens de câmeras do prédio onde as duas moram e também do aeroporto. Jeanne e Katyna saíram de casa com uma mala rosa e uma mala preta.

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Aqui elas chegam ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para o embarque.

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Entenda agora como foi o esquema. Às 20h04 de 4/3/3023 funcionários do aeroporto de Guarulhos começam a trocar as etiquetas das malas das brasileiras.

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O funcionário Eduardo dos Santos pega a mala rosa de Jeanne e coloca no chão.

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Eduardo chama o funcionário Pedro Venâncio e eles se cumprimentam.

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Pedro Venancio confere a etiqueta da mala, enquanto o comparsa o observa.

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Eles mexem, então, no celular. A polícia investiga essa comunicação dos funcionários do aeroporto.

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Aí mexem na mala preta de Katyna. Depois colocam ambas no bagageiro.

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Pedro troca, então, a etiqueta de uma das malas.

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Segundo a polícia, está comprovado que ele tirou as etiquetas e colocou em malas que estavam repletas de cocaína.

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Às 20h27, duas mulheres chegam com malas ao aeroporto de Guarulhos.

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Segundo a polícia, essas são as malas cheias de cocaína que receberão as etiquetas de Jeanne e Katyna.

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As mulheres são atendidas por uma funcionária do check in num momento em que o check in já havia sido encerrado. Elas fazem contato visual com a funcionária, que acena positivamente com a cabeça.

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As imagens não deixam dúvidas. Elas foram ao guichê e deixaram as malas sem apresentar documentos, em horário indevido. As duas falsas passageiras saem do aeroporto logo depois.

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As malas com cocaína seguem na esteira.

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Os funcionários do aeroporto pegam as bagagens, colocam junto com as outras e transferem diretamente para a área internacional para que não passem pelo raio-X.

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As etiquetas de Jeanne e Katyna são colocadas nas malas das drogas atrás de uma pilastra, num ponto cego para as câmeras.

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Quando elas chegam ao aeroporto de Frankfurt, são detidas e algemadas sem terem a menor ideia do que estava acontecendo.

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Ao saberem da questão das malas, elas explicaram à Polícia Federal da Alemanha que aquelas bagagens não eram delas. Mas a polícia não acreditou. E elas ficaram mais de um mês na cadeia.

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O caso serve de alerta. Todo cuidado é pouco com malas em aeroporto.

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