A cirurgia do apresentador ocorreu apenas um dia após a trágica morte do “Príncipe do Funk”.
A diferença entre os dois casos tem gerado inúmeros debates nas redes sociais. O Flipar te ajuda a entender!
A principal explicação é simples: Marcinho não conseguiu entrar na fila de espera para um transplante cardíaco devido a uma grave infecção generalizada.
Em entrevista ao site UOL, Daniela Salomão, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, explicou que existem condições de saúde específicas que podem impedir a realização do procedimento em certos pacientes.
'Se ele não está em condição adequada, geralmente a equipe vai tirar o paciente da lista, tratá-lo, fazer com que ele melhore clinicamente, para que depois ele volte à lista de transplante', explicou.
Fausto e Marcinho estavam em situações clínicas diferentes. O apresentador estava hospitalizado em um centro médico particular em São Paulo desde o dia 5 de agosto devido a problemas de insuficiência cardíaca.
Ele necessitava de diálise e medicamentos para melhorar a função do coração. Essa série de complicações o colocava como uma prioridade na lista de espera para o transplante cardíaco.
Por outro lado, Marcinho enfrentava um conjunto de complicações médicas diferentes que tornavam a cirurgia inviável para ele.
A situação do cantor se agravou após sofrer uma parada cardíaca em 10 de julho, o que o levou a ser entubado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital no Rio de Janeiro.
Enquanto esteve internado, a equipe médica conduziu diversos procedimentos em Marcinho, incluindo a instalação de um coração artificial e a utilização da tecnologia ECMO, que auxilia na oxigenação do sangue fora do corpo.
O funkeiro enfrentou uma infecção generalizada em 22 de agosto, o que o tornou inapto a receber um coração.
A partir desse momento, o artista ficou dependente de ventilação mecânica e hemodiálise. MC Marcinho veio a óbito no sábado (26/08) devido à falência múltipla dos órgãos.
Já Faustão, que recebeu um coração novo, deverá permanecer em observação na UTI por mais alguns dias antes de iniciar a transição para o quarto.
Segundo informações da Revista Caras, é bem possível que o doador de Fausto Silva tenha sido Fábio Cordeiro da Silva, um jogador de futebol e azulejista de 35 anos de idade.
As informações iniciais indicam que Fábio Cordeiro da Silva faleceu em Santos devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
A notícia trágica e o tipo sanguíneo coincidem com os detalhes já conhecidos sobre o órgão, que foi transportado de Santos, cidade litorânea paulista, para São Paulo.
Conforme relatado pelo “Notícias da TV” e pelo “Balanço Geral”, os médicos constataram a morte cerebral de Fábio na Casa de Saúde de Santos no sábado (26/08).
Em entrevista ao g1, o irmão do atleta confirmou que os órgãos dele seriam doados. 'Todo domingo ele estava jogando. Vai ajudar de 12 a 20 pessoas, são 20 famílias ficando felizes', disse Flavio Cordeiro da Silva.
É importante destacar que os dados referentes à identidade do doador e do destinatário são estritamente confidenciais e amparados pelas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Somente se as partes envolvidas optarem por tornar essas informações públicas é que elas serão divulgadas, o que, até o momento, não aconteceu.
O coração destinado ao apresentador foi transportado de Santos para São Paulo por meio de um helicóptero. Também é sabido que o doador do órgão era um residente da cidade de Santos.
De acordo com informações do G1, o presidente da Portuguesa Santista, o segundo maior time da cidade, colaborou no processo de transporte.
A cirurgia realizada em Faustão foi concluída durante a tarde e teve uma duração aproximada de 2 horas e meia.