Apesar de todo sucesso que vem fazendo, Lexa vem passando por um drama pessoal e resolveu abrir o coração, em entrevista ao podcast PodPeople, que é conduzido pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa.
'Fui fazer uns exames que minha ginecologista pediu. E aí eu descobri que tenho uma doença chamada tireoidite de Hashimoto. Quando recebi o diagnóstico, fiquei muito triste. Ninguém quer ter uma doença autoimune', declarou a cantora pop.
Durante a entrevista, Lexa detalhou o que vem sentindo por conta da doença: 'A minha memória parece que é meio curta, tenho esquecimentos o tempo inteiro. Percebi algumas coisas, mas o esquecimento era o pior de todos'.
Por conta da doença, Lexa revela que chegou a ser criticada por algumas atitudes que ela teve: 'As pessoas ficavam me criticando na internet, 'Ela fez harmonização facial'. Não, gente. Eu tenho uma doença autoimune e, por isso, altera'.
Mas afinal, o que é tireoidite de Hashimoto? Quais os sintomas? O que precisa fazer para detectar? Os cuidados?
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que afeta a glândula tireoide, uma glândula localizada no pescoço que produz hormônios que regulam o metabolismo do corpo.
Essa condição é caracterizada pela inflamação crônica da tireoide, que leva a uma diminuição na produção de hormônios tireoidianos, resultando em hipotireoidismo.
Ela é uma doença benigna e é oito vezes mais comum nas mulheres do que nos homens, principalmente na faixa etária entre 30 e 50 anos.
'Você tem mais dificuldade de perder peso, qualquer coisa incha mais, retenção de líquido. É uma batalha. É uma doença que é chata, mas a probabilidade de virar um câncer é quase zero', detalhou Ana Beatriz Barbosa, durante entrevista com Lexa.
O diagnóstico da tireoidite de Hashimoto geralmente envolve a realização de exames de sangue para medir os níveis de hormônios tireoidianos (T4 e T3) e do hormônio estimulante da tireoide (TSH). Anticorpos antitireoidianos, como anticorpos anti-TPO e anti-TG, também são frequentemente encontrados em pacientes com a doença.
Uma das características da doença é o Hipotireoidismo, uma inflamação crônica da tireoide que resulta em danos às células tireoidianas, prejudicando sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Fadiga, ganho de peso, pele seca, sensibilidade ao frio e constipação são alguns dos sintomas.
Os pacientes com tireoidite de Hashimoto geralmente precisam de acompanhamento médico regular para monitorar seus níveis hormonais e ajustar a dosagem do medicamento conforme necessário.
O tratamento padrão para a tireoidite de Hashimoto envolve a reposição dos hormônios tireoidianos que a glândula não consegue mais produzir adequadamente. Isso é feito com medicamentos contendo levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o T4 natural.
Por ser uma doença progressiva, a tireoidite de Hashimoto não tem cura. Algumas dietas são aconselháveis como evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, soja, café e glúten.
A tireoidite de Hashimoto pode levar a complicações como bócio (aumento da tireoide), problemas cardíacos, infertilidade, depressão e outras condições de saúde caso não seja tratada adequadamente.
Lexa não é a única artista a conviver com a tireoidite de Hashimoto. Há alguns anos, Cleo Pires revelou como lidava com a doença. Ela foi diagnosticada em 2021.
'Quando eu tinha crise, eu passava dois dias dormindo. Eu não conseguia acordar. Para mim, era um sufoco, um esforço louquíssimo', contou a atriz ao Vênus Podcast.
'Eu estava revoltada quando entendi que tinha que mexer na minha alimentação, porque o que eu mais amo na vida é comer besteira. Comecei a entender que se eu não fizesse isso por mim, não ia ter o que fazer, não ia poder ter a vida que eu quero ter', comentou Cleo.
Outra celebridade que convive com a doença é a modelo Gigi Hadid. Ela descobriu o diagnóstico em 2014.