Além dela, outros 17 jovens, com idades entre 18 e 30 anos, foram presos sob suspeita de envolvimento num esquema fraudulento.
A família de Lívia contou que ela foi ao escritório da Icon Investimentos porque queria uma vaga de emprego. A empresa, porém, é investigada por aplicar golpes.
Segundo o delegado responsável pela investigação, mais de mil pessoas foram vítimas e o golpe ultrapassa o montante de R$ 3 milhões.
As investigações apontam para esquemas de fraude envolvendo “carros fantasmas” e enriquecimento ilícito.
A mãe de Lívia, Cristiane Ramos, de 51 anos, é auxiliar de serviços gerais e relatou que a filha achou a vaga na internet, no site InfoJobs.
Lívia estava no local pela primeira vez e ia participar de um treinamento. Ela seria contratada para atuar na venda de consórcios e receberia comissões pelas vendas realizadas.
A jovem chegou no escritório por volta das 10h da manhã e, segundo a mãe, os policiais chegaram às 14h dando voz de prisão a todos.
Os jovens foram levados para a delegacia e, então, os parentes começaram a ser avisados.
Nas redes, parentes dos jovens protestaram e disseram que eles não sabiam dos crimes cometidos pela empresa.
“É muito mole prender para investigar depois. Essa é a minha indignação. Estou há uma semana sem conseguir dormir, é só angústia”, relatou o pai de uma jovem presa.
A Polícia Civil alegou que as investigações aconteceram a partir de denúncias feitas por diversas vítimas e que os agentes detiveram todos que estavam no estebelecimento.
Além das prisões, foram apreendidos aparelhos de telefone celular, computadores, contratos com os nomes das vítimas e um roteiro “utilizado para a prática do estelionato”.
O desembargador responsável pelo caso determinou que todos os jovens detidos tivessem a prisão substituída por medidas cautelares.