O documento foi assinado durante a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Rio de Janeiro. O chefe do executivo visitou as obras do novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa Tech) no Porto Maravilha.
O Flipar mostra, na sequência, os principais pontos que foram anunciados na redução de voos no Santos Dumont.
O primeiro ponto é: a medida só será válida a partir de 2 de janeiro de 2024.
A medida busca aumentar o número de rotas para o aeroporto internacional Tom Jobim, conhecido como Galeão, localizado na Ilha do Governador.
Nos últimos anos, o Galeão sofreu com esvaziamento. O acesso é feito por vias como a Linha Vermelha, o que gera alguma resistência do público, por conta dos engarrafamentos e da violência.
O Santos Dumont, por sua vez, está localizado no centro da cidade e próximo dos pontos turístico da zona sul.
De acordo com a Anac, o Galeão recebeu 5,7 milhões de passageiros pagos em 2022. O Santos Dumont somou 9,9 milhões.
A partir de 2024, portanto, voos no Santos Dumont ficarão restrito com distância de até 400 quilômetros do destino.
Na rota, a ponte-aérea Rio-SP via Congonhas e voos para Vitória continuam. Brasília, por ora, está fora.
Voos domésticos envolvendo o Rio fora desse raio, portanto, vão ser direcionados ao Galeão.
A mudança vem após pressão de lideranças empresariais e políticas do Rio, incluindo o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o governador Cláudio Castro (PL).
'A briga não é contra o Santos Dumont, a favor do Galeão... É uma questão de equilibrar um jogo que só fez mal ao Rio de Janeiro', afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O entendimento é que a mudança evita um desequílibrio entre os aeroportos cariocas, que estão separados por menos de 20 quilômetros.
'Não tem sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, para ser a entrada de qualquer estrangeiro que tivesse de vir para o Brasil parar aqui no Galeão', disse Lula.
Para garantir a segurança na Linha Vermelha, o governador do Rio, Cláudio Castro, deu início às obras de recuperação da via. A construção de muros nas laterais será uma das novidades.
O Santos Dumont é administrado pela estatal Infraero. Atualmente, a RIOgaleão é controlada pela Changi Airports, de Singapura, que tem 51%. A Infraero tem 49%.