Neste mês, a FIA, em parceria com a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), anunciou a criação de um escritório no Rio de Janeiro. Um marco para a entidade internacional.
A sede da Fia fica em Paris, na França. A entidade possui filiais em Valleiry, também na França, e Genebra, na Suíça.
Além da Fórmula 1, a mais tradicional do mundo, a FIA também é responsável por outras categorias do automobilismo, como Fórmula E e Fórmula 2.
Apesar da importância no cenário internacional, o Brasil não possui um piloto titular na Fórmula 1 há cinco anos. O último a correr na principal categoria foi Felipe Massa, em 2017.
Mesmo sem um representante entre os principais pilotos, o Brasil segue tendo um Grande Prêmio anualmente. Este ano, o GP de São Paulo, em Interlagos, está previsto para o dia 5 de novembro.
Pietro Fittipaldi também está na 'lista de espera' para entrar na Fórmula 1, O neto de Emerson Fittipaldi é reserva na Haas e chegou a correr na elite no final de 2020, substituindo Romain Grosjean em duas corridas no Oriente Médio.
O Rio de Janeiro teve, por décadas, o Autódromo Internacional Nelson Piquet, mais conhecido como Autódromo de Jacarepaguá, que foi inaugurado em 1977.
Para demolir o autódromo, a prefeitura do Rio foi acusada de remoção e demolição ilegal de casas no entorno da pista para realização das obras para a Rio-2016.
Com o fim do Autódromo de Jacarepaguá, o Rio começou a procurar um local apropriado para a construção de uma nova pista.
O local escolhido foi o bairro de Deodoro, Zona Norte do Rio. Autoridades chegaram a anunciar a construção de um autódromo na região, que pertencia ao Exército e é uma área de preservação ambiental.
Em 2019, os governos federais, estaduais e municipais anunciaram um acordo para a realização do GP do Brasil de Fórmula 1 de 2020 no autódromo de Deodoro.
Com a dificuldade para obtenção de licenças ambientais, a construção de uma pista em Deodoro ficou inviabilizada. De quebra, o Rio de Janeiro viu, em 2020, a detentora da F1 assinar um contrato de cinco anos com Interlagos.
Em 2021, a ideia de construir um autódromo em Deodoro foi oficialmente sepultada após a Câmara Municipal do Rio aprovar a transformação da Floresta do Camboatá em Refúgio de Vida Silvestre (REVIS).
Mesmo com brigas entre poder público e o mundo do autmobilismo, o Rio de Janeiro, com o escritório da FIA, mostra sua importância para a modalidade, mesmo que o principal circuito esteja em São Paulo.