Ficção à parte, o megalodonte foi uma espécie marítima aterrorizante que existiu de fato.
Ele foi um tubarão pré-histórico que habitou e amedrontou os mares por volta de 20 milhões de anos atrás.
A extinção do megalodonte ocorreu quando a humanidade sequer existia, há cerca de 3,5 milhões de anos.
Nas últimas décadas, pesquisadores se aprofundaram nos estudos para dimensionar o tamanho sem paralelo desses tubarões e seus hábitos.
Desde a primeira metade do século XIX a ciência sabe que a criatura monumental existiu graças ao achado dos dentes triangulares fossilizados.
Em grego arcaico, megalodonte significa “dente grande”.
Os dentes do tubarão pré-histórico chegavam a medir ate 16,8 cm de comprimento, mais que o dobro do que pode alcançar o de um tubarão-branco.
Embora tenham evidências suficientes para concluir que o megalodonte era enorme, os estudiosos não têm como precisar tamanho e nem ter uma boa ideia do seu formato.
O esqueleto dos tubarões é constituído de cartilagem mole, material que não fossiliza de maneira adequada. Ou seja, não tem como obter o esqueleto completo do animal.
Os grupos de estudo têm estimativas de tamanho bem diversas, a depender do parâmetro adotado. Ainda assim, muitos apontam para animais de impressionantes 18 a 20 metros de comprimento.
Caso essas medidas sejam reais, os megalodontes tinham dimensão até quatro vezes maior que a do tubarão-branco, o maior predador entre os tubarões.
Em relação aos hábitos alimentares do megalodonte, os estudos também divergem. Eles são feitos a partir da análise química da dos dentes fossilizados.
Alguns estudos indicam que eram predadores que se alimentavam de seres maiores, como acontece com as orcas existentes hoje em dia. Nesse caso, seriam classificados como 'hiper-predadores'.
Outros apontam que eram predadores de perfil parecido ao do tubarão-branco atual.
Estudo de 2020 da equipe do paleobiólogo Kenshu Shimada, da Universidade DePaul em Chicago, indica que a reprodução do megalodonte dava-se por incubação dentro do corpo da mãe.
Esses trabalhos sugerem que um embrião devorava outros filhotes, canibalismo que colaboraria para o crescimento do animal.