Dados iniciais indicam que a poeira causada pela seca na região pode ter contribuído para a queda da aeronave.
O helicóptero caiu nesta terça-feira (08/08), em uma área militar perto da cidade de Formosa, que fica a cerca de 80 quilômetros de Brasília.
A Marinha do Brasil informou em um comunicado à imprensa que dois militares perderam suas vidas no incidente.
As vítimas são: o Sargento Luís Fernando Tavares Augusto, que servia no Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, e o Sargento Renan Guedes Moura, lotado na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador.
Além deles, duas pessoas foram levadas para o Hospital das Forças Armadas e as outras quatro foram encaminhadas ao Hospital Regional de Formosa.
As investigações serão conduzidas pela Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico.
De acordo com a Marinha, o helicóptero, um modelo UH-15 Super Cougar, pertencia ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral e participava de exercícios na região.
A Marinha do Brasil divulgou que está “prestando todo o apoio aos militares e familiares envolvidos”.
Mais tarde, ainda na terça-feira (08/08), o Hospital Estadual de Formosa divulgou que as seis pessoas que ficaram feridas no acidente já haviam sido liberadas. Uma pessoa precisou ser levada para outro hospital.
Conforme o comunicado da Marinha, três militares estão ainda em observação médica na Unidade Médica Expedicionária da Marinha e dois estão sendo cuidados no Hospital das Forças Armadas.
Das pessoas feridas, 10 têm machucados leves e duas passarão por uma cirurgia ortopédica.
No total, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Goiás, havia 14 tripulantes a bordo.
Ainda segundo a Marinha, o treinamento com o helicóptero envolvia o desembarque rápido de tropas em “ambiente adverso”, chamado de “Fast Rope”.
De acordo com as Forças Armadas, nenhum armamento pesado estava envolvido na atividade.
A “Operação Formosa”, grande treinamento militar da Marinha do Brasil, acontece desde 1988.
Em 2022, a atividade aconteceu entre os dias 2 e 10 de agosto e reuniu 3500 militares das três forças.
Durante o treinamento, as equipes praticaram ações em conjunto usando diversas armas de apoio, manobras estratégicas, lançamento de projéteis de artilharia e missões aéreas especiais.
Eles contaram com o suporte de tanques, veículos blindados, veículos anfíbios, aviões, helicópteros, drones e sistemas de lançamento de foguetes.
Na ocasião, também aconteceram saltos de paraquedas e a montagem de unidades médicas avançadas com atendimento à distância.
Além disso, havia um posto de descontaminação para casos nucleares, biológicos, químicos e radiológicos, e um laboratório para detectar produtos químicos.