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No topo do ranking! Os motivos para tantos brasileiros acreditarem em Deus


Por Flipar
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O Instituto Ipsos realizou a pesquisa Global Religion 2023, que tinha como objetivo saber qual o impacto da religião em diversos países pelo mundo e qual a porcentagem de pessoas que acreditam em Deus.

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O Brasil foi um dos 26 países com pessoas entrevistadas pelos pesquisadores, terminando no topo do ranking montado pelo instituto. Os dados foram obtidos através de uma plataforma online de monitoramento.

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A Global Religion 2023 é baseada em dados obtidos entre 20 de janeiro e 3 de fevereiro, com 19.731 entrevistados, sendo aproximadamente mil deles no Brasil.

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Segundo a pesquisa do Ipsos, 70% dos brasileiros relataram que acreditam em Deus na forma como ele é apresentado em escrituras religiosas, como a Bíblia e o Alcorão, por exemplo.

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Já 19% acreditam em uma força superior, porém diferente do Deus descrito em textos religiosos.

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Já aproximadamente 5% dos brasileiros afirmaram não acreditar em Deus ou em uma força maior, enquanto 4% disseram que não sabem e 2% optaram por não responder.

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'Esses são dados que estão de acordo com nosso histórico de um país onde a religião e a religiosidade têm uma predominância tanto na cultura e na vida cotidiana quanto nas esferas de poder', afirmou Helio Gastaldi, diretor de opinião pública da Ipsos no Brasil.

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No entanto, o estudo mostra que acreditar em Deus não obriga alguém a ser religioso. Isso porque dos 89% que afirmaram crer em uma força maior, apenas 76% destacaram acompanhar os ensinamentos de uma religião.

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O estudo também destaca a diferença de adesão quando há um espaçamento na idade dos entrevistados. Enquanto 38% dos adultos se declararam católicos, apenas 23% dos jovens da geração Z (nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 até 2010) dizem aderir à religião.

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O Brasil está no topo do ranking, porém não de maneira isolada. A África do Sul também registrou 89% de entrevistados que acreditam em Deus ou em uma força maior.

Domínio público

O terceiro lugar é ocupado pelos colombianos, que alcançaram os 86%. Outros países sul-americanos também tiveram índices altos, como o Peru (84%) e Chile e Argentina (ambos com 76%).

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A professora de sociologia da religião Nina Rosas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca como o processo histórico de formação do país tem total interferência na questão religiosa nos dias atuais:

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'A religião é uma força fundamental no Brasil desde a época da colonização dos portugueses. O Catolicismo é a religião que nos foi imposta pelos portugueses e tem um papel central nas identidades nacionais', ressaltou.

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Já Helio Gastaldi, do Ipsos, afirma que a vida religiosa costuma ter uma significância e um espaço maior em países onde o PIB per capita é menor ou onde há grandes índices de desigualdade.

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'São áreas onde a religião de certa forma supre a ausência do Estado. Ela traz perspectiva, consolo, às vezes até assistência material, só que também pode ser usada como forma de manipulação e ferramenta para obter poder', destaca Gastaldi.

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Fernando Altemeyer, professor do departamento de Ciência da Religião da PUC-SP reforça o impacto da religião nos brasileiros depois da chegada da Covid-19. 'Foram mais de 700 mil mortos, foram dois anos de depressão e sofrimento. Após uma grande crise, as religiosidades e espiritualidades aumentam, têm uma explosão'.

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