Com a inflação, esta prática voltou a chamar atenção e tem irritado muita gente.
Consumidores trataram com ironia a suposta 'vantagem' apontada pela marca Ypê ao reduzir o tamanho do sabão de 1 kg para 900g: 'Novo formato anatômico. Facilita a pega'. A cliente escreveu: 'Como não pensamos nisso antes? Somos uns ingratos de não agradecer'
Várias empresas estão adotando a mesma estratégia, que vem sendo chamada de 'reduflação'.
Em 2022, uma das queixas foi contra a Fiat Lux, que reduziu de 240 para 200 o número de fósforos na caixa. O consumidor publicou: 'A inflação sendo maquiada'.
Tem consumidor que até calcula o quanto se perde. No caso do Nescau, 'menos um copo', reclamou o cliente.
Agora atenção para o que diz a lei. A redução da embalagem é permitida. Mas a empresa tem que deixar a mudança bem clara.
É obrigatório informar no rótulo a quantidade existente na embalagem antes e depois da alteração. Mas, às vezes, essa informação vem miudinha, miudinha...O biscoito Nesfit, por exemplo, caiu de 200g para 160g. Redução de 20%. Olha o aviso...
Pelo certo, a alteração tem que ficar na parte principal do rótulo, em local de fácil visualização, com letras maiúsculas, em negrito, contrastando com o fundo do rótulo.
É necessário informar a redução do peso em termos absolutos e também o percentual.
As informações sobre a alteração devem ser mantidas no rótulo por, no mínimo, seis meses.
Quem tiver queixas contra as empresas pode procurar o Procon - órgão de defesa do consumidor - da cidade onde vive.
Mesmo quem segue essas regras, porém, fica mal no conceito do cliente quando reduz as embalagens. Um dos casos mais chamativos é o dos chocolates. A cliente publicou que a barra família, hoje, tem o tamanho da normal de anos atrás. Usou régua e tudo pra medir.
Um movimento chegou a ser criado nas redes sociais chamado Deleta da Prateleira, recomendando boicote de marcas que diminuem seu tamanho.
Afinal, quem não lembra que as barras, anos atrás, tinham 200g? Foram diminuindo, diminuindo, e hoje estão com 90g.