Paulo de Tarso Lyra
postado em 30/07/2014 15:08
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse, na manhã desta quarta-feira (30/7), que, caso o país não encerre em dezembro a série de gestões petistas, enfrentará "desafios ainda maiores" daqui a quatro anos. Em sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o senador focou seu discurso na defesa de uma gestão de resultados à frente do Palácio do Planalto, em estratégia de marketing semelhante a adotada quando governou Minas Gerais, entre 2003 e março de 2010.
"O Estado não precisa ser ineficiente apenas por ser Estado. Eu pude dar, ao longo de oito anos, demonstrações claras de que o setor público pode, quando gerido com meritocracia, com metas, com foco, com governança, apresentar resultados extremamente positivos", disse a uma plateia de empresários. No discurso aos empresários, Aécio voltou a usar a palavra "choque de gestão" algumas vezes para defender a mudança na condução do governo.
O tucano também voltou a prometer a diminuição no tamanho do Estado e o corte de um terço dos cargos comissionados logo no primeiro dia de governo."No primeiro dia do nosso governo nós teremos metade dos ministérios funcionando. Isso não quer dizer que as políticas tocadas hoje por essas pastas não sejam importantes. De forma desburocratizadas, muitas dessas ações continuarão existindo e ganharão mais efetividade", amenizou ele em seguida
[SAIBAMAIS]
O tucano disse que está faltando "coragem política" para mudar o país e que, caso seja eleito, promoverá mudanças na primeira semana de sua gestão. A promessa também foi feita pelo candidato do PSB, Eduardo Campos, que falou aos empresários minutos antes de Aécio. Ambos garantiram que vão enviar ao Congresso propostas de mudança na estrutura tributária do país.
Aécio criticou, ainda, o governo na área de portos. Segundo ele, embora o Congresso tenha aprovado no ano passado a MP dos Portos, o Palácio do Planalto não fez novos investimentos no setor.