Politica

Para blindar Dilma Rousseff, governo reduz desfile de 7 de setembro

Diante dos protestos no país, governo diminuirá o tempo da parada. Entre as medidas de segurança, cogita-se vetar a participação de crianças no evento

Ana Maria Campos, Leonardo Cavalcanti
postado em 29/08/2013 06:08
Arquibancadas e grades já estão sendo montadas na Esplanada dos Ministérios para delimitar o espaço

As manifestações dos últimos dois meses pelo Brasil fizeram com que o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa mudassem o roteiro tradicional do desfile do Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Membros dos dois órgãos se reúnem, hoje, para decidir detalhes de segurança e infraestrutura do evento. O tempo da apresentação será reduzido em pelo menos 15 minutos para evitar a exposição de autoridades políticas, principalmente a presidente da República, Dilma Rousseff, além de civis e militares que participarão da parada. As alterações são preventivas, diante de publicações nas redes sociais que convidam a população para protestar contra causas diversas, na data de comemoração da independência do Brasil.

No mesmo dia do desfile, previsto para começar às 8h45 e terminar às 10h30, ocorre o jogo de futebol entre as seleções do Brasil e Austrália, às 16h15. Para integrantes do setor de segurança responsável pelos eventos da data, o momento cívico é mais preocupante do que a partida de futebol. Nas redes sociais, manifestantes convocam os torcedores que compraram ingressos a ocupar o Estádio Mané Garrincha, assim que a disputa em campo terminar. No entanto, a equipe duvida que ocorrerá um protesto vindo das pessoas que pagaram ingresso para assistir ao jogo de futebol. Membros do grupo afirmam que não haverá problemas na segurança dos torcedores, e que a partida será a chance de mostrar à Fifa que Brasília tem condições de receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.



A preocupação da segurança do evento está fora do estádio e principalmente na Esplanada dos Ministérios. Um dos principais motivos é que Brasília foi uma das primeiras capitais a enfrentar manifestações com queima de pneus, em junho, na véspera do jogo da Copa das Confederações, entre o Brasil e o Japão. Depois disso, os protestos se voltaram para a região da Praça dos Três Poderes. Em uma ocasião, centenas de pessoas chegaram a subir no teto do Congresso Nacional, além de tentar invadir o Palácio Itamaraty. As ações ficaram marcadas pelos confrontos entre policiais e manifestantes e resultaram em dezenas de feridos.

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