postado em 15/08/2012 06:25
Relatório sigiloso da Polícia Federal, encaminhado em julho para o comando do Tribunal Regional do Trabalho da 18; Região (TRT-18), com sede em Goiás, aponta indícios do envolvimento do desembargador Júlio César Cardoso de Brito com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Assinado por dois agentes da Polícia Federal e encaminhado ao presidente do TRT-18, desembargador Mário Sérgio Bottazzo, pelo delegado federal Matheus Rodrigues, o documento faz uma análise do material apreendido na residência de Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais auxiliares de Cachoeira, sócio dele em algumas empresas e apontado pela PF como um dos operadores financeiros do esquema comandado pelo bicheiro.
De acordo com o relatório, foi analisado o conteúdo de um notebook, um caderno, uma agenda e um telefone celular apreendidos em 29 de fevereiro ; data em que Cachoeira foi preso. Tanto no caderno quanto na agenda foram encontradas anotações a respeito da compra de passagens áreas para o desembargador e sua mulher em, pelo menos, duas datas, para Miami e para a Argentina.