postado em 11/06/2012 07:20
Marcados para a terça e a quarta-feira, respectivamente, os depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), devem acirrar os ânimos entre governistas e oposicionistas na que promete ser a semana mais tensa da CPI do Cachoeira desde sua instalação. A bancada petista trabalha para emplacar a quebra dos sigilos telefônico e bancário de Perillo, com base nas dúvidas levantadas em torno da evolução patrimonial do governador e das contradições em torno da negociação da casa que teria vendido para o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A estratégia do partido é disseminar o entendimento de que o governador tucano abriu as portas de seu governo para a organização criminosa comandada pelo contraventor. Perillo precisará explicar as incongruências entre sua versão para a venda do imóvel ; segundo ele, adquirido pelo empresário Walter Santiago por R$ 1,4 milhão, pagos em dois cheques de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil ; e a versão do empresário, que afirma ter pago o montante em espécie. Outro ponto a ser esclarecido pelo governador é a denúncia do radialista Luiz Carlos Bordoni de que teria sido pago pela empresa Alberto & Pantoja Construções por serviços prestados durante a campanha de Perillo ao governo de Goiás. As possíveis relações entre a ex-chefe de gabinete de Perillo Eliana Gonçalves Pinheiro e a quadrilha de Cachoeira também devem ser um flanco de ataque para os petistas.
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