postado em 16/08/2011 14:20
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, considera desnecessária a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção na sua pasta. ;Não acho que tenhamos necessidade de uma CPI para apurar e para punir quem quer que seja, neste ou em qualquer outro ministério;, disse ao participar de audiência no Senado para dar explicações sobre as recentes denúncias de superfaturamento em obras por meio de aditivos contratuais.;Temos hoje instrumentos, meios [para combater as irregularidades], seja do ponto de vista institucional ou legal. Acredito que esse é o caminho que deve ser seguido para apuração de ilegalidades ou desvio de conduta;, destacou, em referência às auditorias e à investigação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Passos disse que recebeu o convite da presidenta Dilma Rousseff para assumir o ministério não só por ser filiado ao Partido da República (PR) desde 2006, mas por ter trabalhado com ela em outras situações.
;Já tive oportunidade de trabalhar com ela em situações ligadas ao PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. A presidenta teve tempo suficiente para me conhecer, ver a forma como eu conduzo as questões, e acho que isso foi a maior credencial que foi levada em conta quando a presidenta me chamou para assumir. Além de eu ser um profissional filiado ao partido desde 2006.;
Ele disse ainda que não houve pressão para que o ex-ministro Alfredo Nascimento deixasse o cargo quando as primeiras denúncias surgiram na imprensa. ;A exoneração foi um ato de iniciativa do ministro. Não houve nenhuma imposição.;
O ministro participou de audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado. Amanhã (17) ele prestará esclarecimentos sobre o assunto na Câmara dos Deputados.