postado em 04/10/2015 08:15
Gastos limitados, alimentação restrita, passagem de volta adiantada. A exorbitante alta da moeda norte-americana vem atormentando a vida dos pais que mantêm seus filhos estudando no exterior. Mesmo quem planejou a viagem da moçada com antecedência não conseguiu prever que o dólar turismo, usado como parâmetro para o fechamento dos contratos, chegasse a R$ 4,50 nas casas de câmbio.Por conselho dos país, a ordem entre os jovens é economizar. ;Nos últimos meses, segurei tudo o que pude, pois fico com medo de faltar dinheiro;, diz a atriz Melissa Krüger, 22 anos, matriculada em um curso de teatro musical, com duração de um ano, em Nova Iorque. Ultimamente, os gastos dela têm sido basicamente com comida e transporte. ;Não assisti a nenhuma peça de teatro ou show, não comprei roupas, nem produtos pessoais. Estou esperando ter muita necessidade de alguma coisa para ter coragem de gastar dinheiro;, afirma ela, que se diz assustada com a situação.
Professor de finanças do Ibmec-DF, Marcos Melo afirma que viver no exterior em época de instabilidade cambial pode acabar gerando um baque nas despesas, tanto nas de quem ficou no Brasil e vai pagar a conta, quanto nas de quem está fora do país. Para sobreviver ao momento de dificuldade, o jeito é fazer cortes nos gastos. ;O momento é delicado para quem está morando fora. Por isso, a pessoa deve buscar economizar com alimentação, moradia e cortar supérfluos da lista de compras;, aconselha.
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