Paulo Silva Pinto
postado em 31/10/2013 08:50
Há duas décadas, o Brasil celebrava o acordo que tirou o país da condição de pária no mercado financeiro internacional, graças à renegociação da dívida externa. O último capítulo dessa história encerrou-se, porém, apenas no mês passado. Sem alarde, venceram em 15 de setembro os Brazilian Investment Bonds (BIB), emitidos em 1988, remanescentes da dívida externa brasileira antes de sua conversão em outros títulos, por meio do chamado Plano Brady.
[SAIBAMAIS]O advogado norte-americano Whitney Debevoise, que ainda trabalha no escritório de Washington contratado no governo Sarney para representar o Brasil nas negociações, afirmou que a emissão desses papéis permitiu o desenho de todo o Plano Brady, que foi assinado por vários países latino-americanos endividados. ;O Brasil merece reconhecimento por isso;, disse em entrevista ao Correio.
Embora a emissão fosse de só US$ 1 bilhão dos US$ 86 bilhões de dívida, houve grande resistência do governo dos Estados Unidos à proposta do então ministro da Fazenda brasileiro, Luís Carlos Bresser Pereira, e do presidente do Banco Central (BC), Fernão Bracher. ;O James Baker (secretário do Tesouro no governo Reagan) dizia que a emissão não decolaria. Mas decolou;, contou Debevoise.
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