Diversão e Arte

Na largada das estreias de cinema, Carros 3 mantém a dianteira

Animação é lançada hoje nos cinemas, tendo por protagonistas os simpáticos automóveis criados para competição

Alexandre de Paula
postado em 13/07/2017 07:41
Animação é lançada hoje nos cinemas, tendo por protagonistas os simpáticos automóveis criados para competição
Os tempos de glória passaram e Relâmpago McQueen não é mais o mesmo. O simpático protagonista da franquia Carros passou anos vencendo tudo e era imbatível nas pistas, mas a idade chega até para um astro das corridas. Agora, os novos veículos ameaçam o reinado de McQueen. Em Carros 3, ele precisa lutar para provar que ainda tem valor, apesar de todas as mudanças.

A animação da Pixar estreia hoje nos cinemas brasileiros, depois de uma mal-sucedida continuação em Carros 2. Até agora, o terceiro longa agradou bem mais do que o segundo. Mesmo longe de ser uma unanimidade entre críticos estrangeiros, o filme conquistou bem mais aprovação do que o anterior.

No Rotten Tomatoes (plataforma que agrega avaliações e críticas), Carros 3 conquistou 67% de aprovação. Para se ter uma ideia da diferença, o segundo filme teve apenas 39% de aceitação da crítica especializada. Para a maioria dos críticos, o novo filme poderia ser um encerramento digno para a franquia.

Carros 3 foca no drama de McQueen. A chegada de novos concorrentes e o consequente declínio deixam o astro abalado. O protagonista luta contra uma aposentadoria que parece incontornável.
Aos moldes dos dramas esportivos, o filme fala sobre a passagem do tempo para atletas e como a idade se torna uma inimiga nesses casos. Sem roteiro mirabolante, o longa conta a jornada de McQueen para encontrar seu novo lugar.

Por essas características, o crítico da Indiewire Eric Kohn comparou o filme a Rocky. ;Carros 3 é um filme de esportes maduro e robusto, sobre o processo de envelhecimento que, caso os veículos antropomórficos fossem substituídos por humanos, não pareceria deslocado no universo de Rocky;, escreveu.

O longa foi dirigido pelo estreante Brian Fee. Ele nunca havia trabalhado como diretor antes, mas foi animador dos dois primeiros filmes da franquia, além de outros filmes da Pixar, como Wall-E e Ratatouille. Fee conta que procurou outros diretores

;A primeira coisa que fiz foi pedir reuniões com todos os outros diretores com a maior frequência possível para começar a entender seus cérebros, aprendendo tudo o que pudesse, tomando todos os conselhos que poderia obter;, disse em entrevista ao site Slash Film.

Uma parceira
O longa dá espaço para o desenvolvimento de outra personagem. Cruz Ramirez entra no filme para ser uma treinadora de McQueen. Com técnicas modernas, ela tenta auxiliar o protagonista a conquistar espaço num mundo com carros mais velozes e inteligentes.

A personagem, no entanto, ganha força durante o filme e chega a ser mais do que uma simples coadjuvante. Ela é também responsável, em alguns trechos, por momentos cômicos de Carros 3. A personagem dividiu opiniões de críticos. Para alguns, ela representava uma importante participação feminina, mas para outros se tratava apenas de uma estratégia de marketing para convencer meninas a assistir ao filme.

;O sub-roteiro feminino empoderado parece oco porque é claramente uma forma de expandir a marca ; garotinhas também podem ter carros de brinquedo! ;, isso chama mais atenção do que qualquer desenvolvimento da história com significado tocante;, escreveu a crítica Katie Walsh, do Tribune News Service.
Outros lançamentos
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Julho-Agosto
Comédia dramática francesa, o longa conta a história das irmãs Laura (Luna Lou) e Josephine (Alma Jodorowsky). Filhas de pais separados, elas passam o mês de julho com a mãe e o padrasto, e o mês de agosto com o pai. Como era de se esperar, problemas e embates tornam a relação entre filhas e pais conturbadas e movimentam o filme.
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Poesia sem fim
Uma autobiografia do diretor chileno Alejandro Jodorowsky, Poesia sem fim traça uma homenagem à herança artística do país por meio da história do cineasta. O longa apresenta a juventude de Jodorowsky, nos anos 1940 e 1950. No período, o diretor entrou no mundo boêmio de escritores, atores, artistas plásticos, músicos e cineastas do país.
A luta de Steve
O documentário conta a história de Steve Gleason, jogador de futebol americano e ídolo em Nova Orleans. Aos 34 anos, Steve foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica. Médicos deram ao atleta de dois a cinco anos de vida. Gleason escolheu lidar com a doença passando mais tempo com a família e ajudando pessoas que sofriam do mesmo problema. O esportista hoje tem 40 anos.
A vida de uma mulher
Produção belga e francesa, o longa apresenta a trajetória de Jeanne (Judith Chemla). Ela volta para a casa dos pais depois de completar os estudos e passa a ajudá-los em tarefas no campo. Ela se apaixona por um visconde da região e vai morar com ele. O marido, no entanto, mostra, com o tempo, que é bem diferente do que Jeanne esperava.

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