postado em 18/08/2014 08:12
Dos caminhos inusitados da vida, ele optou por um dos mais incomuns. Pediatra formado pela Universidade de Brasília (UnB), o cearense Valdir de Aquino Ximenes, 52 anos, encontrou na literatura o meio para canalizar as catarses vividas em uma carreira dedicada a compreender o que se passa na mente de seus pacientes. Desde 1993, quando conseguiu transformar a paixão pela escrita em uma carreira, o médico publicou seis livros, divididos entre contos, romances e dicionários. Agora, na sétima obra, com lançamento marcado para a próxima quinta-feira (21/08), o autor convida o leitor a uma reflexão crítica sobre a realidade político-social em que vivem os brasileiros.
Intitulado Letra morta, letra mortal, o livro apresenta uma ficção policial que parte de uma experiência pessoal vivida por Ximenes. A história conta certa situação vivida por um psiquiatra aposentado na cidade Paíspouco. Ele se depara com uma manchete nos jornais a respeito de um médico assassinado brutalmente, mas que não apresentava informações suficientes para expor ao leitor as reais motivações e consequências do crime. Uma única causa foi mencionada: literatura. Após se questionar e aliado ao fascínio que possui pela mente de psicopatas, Nicolai Polanski decide, então, investigar o caso por conta própria até se deparar com a vida do médico assassinado.
O romance policial, cujo algoz da morte é o mesmo motivo pelo qual Ximenes responde a processo judicial, é recheado de símbolos e convites ao leitor para a reflexão. ;Não é um livro otimista e de leitura muito amena e superficial. Há um desencanto muito grande. A letra, ao mesmo tempo, foi assassinada e assassinou, e isso só vai ter uma conclusão quando o leitor chegar ao fim da história;, conta o autor.
Letra morta, letra mortal
Romance de Valdir de Aquino Ximenes. Editora Thesaurus, 176 páginas. R$ 35. Lançamento, quinta-feira, 21 de agosto de 2014, a partir das 18h30. Restaurante Carpe Diem (104 Sul)
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