Gravura é coisa séria. Tão séria que o primeiro passo para conhecê-la é compreender o significado da palavra. Gravar é esculpir sobre uma superfície, e a artista Lêda Watson faz questão de explicar isso a quem visita seu ateliê, no Lago Sul. Ali, em uma salinha ligada à casa pelos fundos e de frente para um jardim cheio de plantas brasileiras, ela ensina que, para ser um gravador, é preciso ter paixão e ser obcecado pela técnica.
A artista é uma professora incansável. Desde 1975 ela empreende o compromisso de ensinar gravura a quem quer aprender. E para isso, ela garante, não é necessário nem sequer saber desenhar. A criatividade, segundo Lêda, é inerente a todo ser humano. E é por isso que o ateliê, há quase quatro décadas, está sempre cheio de alunos. ;Eu tinha decidido, este ano, que não ia mais dar aulas;, ela conta, lembrando que pelo ateliê já passaram mais de 400 alunos. ;Aí as pessoas me ligaram e não deu. Gravura, tem que começar fazendo. Não dá para teorizar.;
O atual grupo de alunos reflete bem a concepção que a professora faz questão de perpetuar. Newton Scheufler, Joana Passos, Adriana Marques, Helena de Lacerda e Helson Castro criaram o grupo Alucinados por gravura, uma página no Facebook para congregar os fanáticos pela prática e um possível título para uma futura exposição.
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