Ele nasceu em bairro boêmio de João Pessoa, pouco sabe da música que é escrita em partituras (estudou formalmente por apenas seis meses)e transformou a pacata e tradicional viola caipira em instrumento de timbres psicodélicos. Mas nem tente enquadrar o som que sai de Pedro Osmar em alguma categoria. A empreitada seria frustrada. O compositor e poeta, gravado por nomes importantes da música popular brasileira desde os anos 1970, dispensa os rótulos. Faz canções e experimentações com o entusiasmo de um garoto, apesar dos 58 anos e da notável barba. ;Graças a Deus;, dispara ele, ;e olha que eu nem acredito em Deus;.
Numa rápida passagem por Brasília, bateu um papo com o Correio sobre a carreira e os novos rumos da música paraibana. Ele produziu recentemente uma coletânea daquilo que chama de ;caleidoscópio musical da nova geração;, com artistas locais de diferentes matizes. Segundo Pedro, o fato de a Universidade Federal da Paraíba ter um departamento de música consolidado fez com que o ;Nordeste em peso; fosse para lá estudar, o que resultou em um cenário interessante na cidade.
Essa produção coletiva começa a ecoar e gerar bons frutos sonoros. Alguns deles estão em Música de Parahyba (2011). Ele, que tem oito discos próprios e dois em parceria com o irmão, o multi-instrumentista Paulo Ró, planeja para breve o lançamento de um álbum em que revisita algumas de suas composições, já registradas por artistas como Lenine e Elba Ramalho, ao lado do Trio Medeiros.
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