Bruno Freitas
postado em 15/09/2014 07:05
As recentes descobertas de reservas de petróleo na camada de pré-sal na costa brasileira podem ter reflexos não só na economia, mas também no desenvolvimento de tecnologias nacionais que simulem e aprimorem métodos de escoamento de óleo, dióxido de carbono e gás, sem a habitual dependência internacional. Novo passo nesse sentido foi dado com a inauguração do Laboratório de Escoamentos Multifásicos Industriais (Lemi) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), entidade com mais de 20 anos de experiência acadêmica em escoamento multifásico.
Dez cientistas foram designados para atuar na instalação, que trabalhará em complemento ao laboratório do Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (NETeF), com a participação de 10 alunos de pós-graduação da área de engenharia mecânica e elétrica. Parceiro de grandes petrolíferas há vários anos, o NETeF simula a cadeia produtiva do petróleo a baixa pressão e, num primeiro momento, não transferirá projetos. O investimento total do Lemi é de R$ 7,7 milhões, dos quais R$ 3,7 milhões foram aplicados somente em novos equipamentos. Os convênios firmados no novo laboratório serão de cooperação para desenvolvimento de pesquisa tecnológica e inovação.
;Com o advento do pré-sal, a Petrobras estava buscando competências no Brasil para o financiamento de infraestrutura laboratorial de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de alto nível nas mais diversas áreas. Foi, então, identificado na USP um grupo de pesquisa em escoamento multifásico, com mais de 20 anos de experiência. O laboratório contribuirá para a geração de conhecimento, além de ter como meta o desenvolvimento de técnicas, soluções e produtos tecnológicos para a produção de petróleo e gás no cenário do pré-sal;, aponta o coordenador do laboratório, Oscar Mauricio Hernandez Rodriguez, docente do Departamento de Engenharia Mecânica (Dem).
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