Lyon ; A península era um pântano que foi aterrado e se transformou num bairro industrial que caiu em decadência e que está se transformando num modelo de bairro ecológico, sustentável e misturado ; escritórios, comércio, turismo, cultura, lazer, gastronomia e moradias. Misturado mesmo, porque, embora seja uma região que está atraindo moradores em busca de mais qualidade de vida com responsabilidade ambiental, 25% das residências são destinadas à habitação social. Trata-se do distrito de Le Confluence, em Lyon, segunda maior cidade da França em área urbana.
Confrontado com o fracassado exemplo de Brasília, cujo plano original de Lucio Costa previa a mistura de ricos, remediados e pobres nas superquadras do Plano Piloto, o diretor de Comunicação da SPL Lyon Confluence, Benoít Bardet, respondeu em estilo francês. Mas antes repetiu com uma interjeição: ;Oui, Costá!”, identificando o brasileiro que, nos anos 1950, projetou a capital do Brasil. Em seguinte, marcou posição: Na França, não há possibilidade de um plano do gênero não dar certo. ;O Estado é jacobino. É forte e poderoso e se impõe à eternidade.; As habitações populares funcionam em regime de aluguel social, instrumento previsto por lei e garantido pelo Estado.
Desde o início da recuperação e da transformação do antigo distrito industrial decadente, ficou decidido que o Le Confluence teria de ser habitado também pelas populações de menor poder aquisitivo. A proporção média de habitação social já atingiu os 25% das unidades habitáveis.
Reconhecido como bairro ecológico exemplar pela organização ambiental WWF, o Confluence é uma área de 150 hectares (1,5 mil quilômetros quadrados, pouco mais de um terço do Plano Piloto de Brasília) que se forma na confluência dos rios Rhône e Saône até que eles se encontram na extremidade sul da península em forma de folha. Até os anos 1770, Lyon terminava antes da península, porção de terra que estava submersa.
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