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Mãe recebe notificação de escola para cortar cabelos crespos dos filhos

Sem acreditar no que leu, Débora Figueiredo decidiu publicar uma foto do recado e a postagem teve mais de 1,22 mil compartilhamentos em cinco dias

Estado de Minas
postado em 21/06/2016 21:29

Em nota, a orientadora escreve que ficaria mais feliz caso os cabelos dos dois meninos estivessem presos ou fossem mais curtos

A família carioca formada por Débora Figueiredo e seus dois filhos, Antônio e Benício, tem como característica os volumosos e crespos cabelos. Para a surpresa da mãe, a orientadora pedagógica da escola onde os dois pequenos estudam, no Rio de Janeiro, não achou adequada a estética das crianças para frequentar as aulas.

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Débora recebeu a notificação por meio de um recado: "Mamãe Débora, peço-lhe se possível aparar ou trançar o cabelinho dos meninos. Eles são lindos, mais (sic) eu ficaria mais feliz com o cabelo deles mais baixo ou preso;, escreveu a coordenadora.

Indignada com o preconceito que ela e os filhos sofreram, Débora decidiu tornar o recado público no Facebook. Logo, a postagem recebeu vários comentários de apoio à família, além dos 1,22 mil compartilhamentos em cinco dias. Junto com a foto do bilhete, a mãe das crianças fez o seguinte desabafo:

;Como eu gostaria que meus filhos não passassem por nenhum tipo de preconceito. Como eu gostaria de protegê-los desse mundo cruel. Como eu gostaria de afastar gente ruim travestido de bonzinhos antes que eles tivessem o desprazer de ter contato. Meus filhos Antônio e Benício foram vítimas de preconceito por causa do cabelo deles. Recebi essa mensagem na agenda escrita pela coordenadora da escola que até então tinha meu respeito. Daqui em diante [já não mais]. Eu não posso protegê-los de tudo, mas sempre vou lutar por eles.;

Entre os comentários recebidos, muitos questionaram a posição da funcionária da escola e se mostraram revoltados: "Desde quando felicidade depende de um cabelo?", escreveu Robertta Costa. A mãe respondeu a maioria dos comentários, inclusive aqueles que sugeriam que ela processasse a orientadora: "É um caso a se pensar", disse Débora, também na rede social.

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