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"Faltou, por parte do governo, uma atenção maior", diz Veneziano Vital do Rêgo sobre CPMI do INSS

Senador do PMDB-PB explicou ao correio que a "derrota" do governo não será ruim caso o novo presidente cumpra e honre o que deve ser feito

Rêgo diz acreditar que houve um descuido, uma falta de atenção do governo ao perder o presidente da comissão da CPMI do INSS, Randolfe Rodrigues -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Rêgo diz acreditar que houve um descuido, uma falta de atenção do governo ao perder o presidente da comissão da CPMI do INSS, Randolfe Rodrigues - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O senador Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), vice -presidente da comissão de Educação do Senado, presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia e ex-vice-presidente do senado, comentou sobre as implicações da oposição ao Governo, CMPI e bolsonarismo nesta quarta-feira (27/8), durante entrevista ao programa CB.Poder — uma parceria do Correio com a TV Brasília.

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Em conversa com os jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Denise Rothenburg, Rêgo diz acreditar que houve um descuido, uma falta de atenção do governo ao perder o presidente da comissão da CPMI do INSS, Randolfe Rodrigues. “Eu acho que faltou, por parte do governo, uma atenção maior principalmente quando se avizinhava o momento da sua instalação e que para ela estava quase que bastante claro que não haveria o entendimento a se consensualizar o nome sugerido por nós do grupo do governo, que seria o nome do nosso estimado e competente senador Omar Aziz.”, completa. 

Segundo o senador, o resultado ruim não será negativo, se o senador Carlos Viana, novo presidente da CPMI, cumprir o propósito da mesma, investigar e colaborar com tudo aquilo que já foi e será apresentado, pelo CGU, pela Polícia Federal e pelo próprio governo. “O atual governo em nenhum momento quis esconder, quis escamotear, quis desconhecer fatos que preteritamente a esse mesmo governo já existiam”, ressalta. 

O vice-presidente acredita que a oposição usará dessas investigações um espaço de politicagem diante ao ano eleitoral que está por vir. Ele também afirma que a oposição não tem o debate como interesse, e que no futuro, nas campanhas eleitorais será mostrado o resultado conquistado pelo governo Lula. 

Balanço do governo

Para Rêgo, os últimos 60 dias melhoraram a imagem do Governo e do presidente Lula, com o episódio do IOF, com o descumprimento do parlamento e o caso do Eduardo Bolsonaro, que, segundo o senador, praticou crime de lesa pátria.

“Nós não podemos deixar de trabalhar, nós não podemos deixar de produzir. O Senado e a Câmara também não deveriam e não devem se permitir a ver aquela situação que há um mês ocorreu, onde as suas duas mesas foram tomadas, impedindo que os parlamentares que querem trabalhar deixassem de trabalhar, porque alguns companheiros, lamentavelmente, disseram: 'Não, ninguém vai trabalhar hoje. Nós vamos fazer isso porque não aceitamos que o judiciário tome esta ou aquela decisão'. Não é assim”, diz Rêgo. 

Eleições de 2026 

De acordo com o senador, a IA será vista como um passo a mais nas disputas eleitorais, amplificando o que já foi visto nas redes sociais. Ele destaca a importância do cuidado e da consciência do eleitor diante a “realidade” criada pela inteligência artificial, que pode “levar ao engodo" fazendo-o tomar uma decisão completamente fora do propósito. 

“Eu penso que a gente precisa fazer uma uma regulação. E essa regulação não é como os que se levantam em vozes antagônicas para impedir a liberdade de expressão para impedir o livre acesso a essa informação desejada. Não, é para colocar uma ordem, é para estabelecer alguns limites, é para fazer um regramento, é para proteger ao final a nós mesmos”, diz Rêgo. 

O parlamentar ainda diz sobre a adultização e da importância da regulamentação de conteúdos publicados na internet. “Precisou que episódios dantescos ocorressem de uma forma como foram trazidas, geradas a partir de influencers, para que a gente pudesse se convencer de que é fundamental que nós façamos esse regramento. Quanto tempo nós deixamos de fazer, mesmo sabendo que já era necessário e cabível. Isso é o que a gente lástima.”, completa. 

Veja a entrevista completa:

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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CY
postado em 27/08/2025 18:37 / atualizado em 27/08/2025 18:41
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