postado em 19/10/2015 06:00
;Estradas? Aonde nós vamos, não precisamos de estradas!” Com essa frase, o cientista Doc Brown (Cristopher Lloyd) avisa ao jovem Marty McFly (Michael J. Fox) e à bela Jennifer Parker (Elisabeth Shue) que partirão para o futuro, mais precisamente para 21 de outubro de 2015. Daqui a dois dias, portanto, o automóvel DeLorean voador, transformado em máquina do tempo, pousará em um beco da fictícia cidade de Hill Valley.Se desembarcarem no 2015 real, no entanto, os protagonistas da saga De volta para o futuro não voarão sobre as cidades; os skates quase flutuam, mas em decorrência da alta velocidade com que deslizam sobre calçadas e rodovias; e os moradores das cidades usam roupas que nada lembram as vestimentas futurísticas das películas de ficção científica.
Nas telas dos cinemas, por sua vez, Tubarão há muito deixou de amedrontar os espectadores ; em 1987, Tubarão 4 encerrou a sequência dos filmes que deixaram banhistas de todo o mundo aterrorizados. Mas o doutor Doc terá muito com o que se surpreender. Ele ficará, certamente, encantado com as recentes descobertas em Marte. Nem nos seus momentos mais imaginativos o cientista criado por Steven Spielberg conseguiu imaginar uma viagem ao Planeta Vermelho.
Lançado há pouco mais de 30 anos, o segundo filme da trilogia mostra um 2015 com avanços tecnológicos ainda não alcançados, mas também faz previsões que se concretizaram antes mesmo de ;o futuro; chegar. Há três décadas, os protótipos de tablets, drones e outros dispositivos inteligentes sequer existiam, mas já funcionavam perfeitamente na ficção científica e nas mentes criativas e construtivas dos roteiristas, do diretor e do produtor do filme.
Foram ;previsões; que se tornaram realidade? Sonhos que se concretizaram? O fato é que a mente humana não para de construir seu caminho para o amanhã. E a ficção retratada nas telas é sempre motivo de encanto e desafio para quem acredita que o conhecimento está além do tempo, como uma máquina que poderá fazer o tempo avançar. É o que imagina o analista em segurança da informação Diego Melo, 27 anos. Fã da saga De volta para o futuro, ele espera que as inovações do filme se tornem realidade em breve. ;Eu acharia legal demais se, daqui a uns 50 anos, os carros conseguissem voar. Acho que podem usar um sistema semelhante ao dos drones para fazer isso;, especula. Quem sabe?
Realidade hoje
Drones
Apesar da popularização recente, as pequenas aeronaves não tripuladas já são realidade há alguns anos. Graças à versatilidade e à quantidade de modelos disponíveis, os drones são utilizados em diversas atividades, desde agricultura, passando por filmagens, jornalismo, mapeamento, uso militar, segurança, pesquisa e muitas outras. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é responsável pela regulamentação do uso e fiscalização dessas aeronaves remotamente pilotadas.
Dispositivos portáteis
Assim que se livra de Biff e seus capangas, Marty é abordado por um senhor que pede doações para salvar o relógio da torre enquanto empurra uma espécie de tablet para o garoto. O filme acertou ao mostrar o uso dos aparelhos móveis na execução de atividades do dia a dia, como depósitos e transferências bancárias. Lançados no fim de 2010, os dispositivos se tornaram febre e fazem parte da realidade.
Biometria
Em uma das cenas do filme, dois policiais encontram Jennifer, namorada de Marty McFly, desacordada em um beco e utilizam as digitais da garota para acessar informações pessoais. Mais tarde, os mesmos agentes usam, mais uma vez, as digitais da menina para abrir as portas da casa onde a Jennifer do futuro mora com o marido e os filhos. Apesar de não ser tão popular, a tecnologia de segurança já existe e pode ser encontrada em bancos, casas inteligentes e smartphones. No Brasil, a biometria foi incorporada às urnas eletrônicas.
Das telas para a vida real
Ele não é uma máquina do tempo, mas viajou de um continente para outro e se conserva até hoje como um símbolo. O automóvel DeLorean utilizado pelo cientista revolucionário Doc Brown pode ser visto em Brasília. Um exemplar do veículo foi comprado pelo engenheiro Cristian Oliveira, 39 anos. Ele é um dos 12 brasileiros donos do modelo, o único na capital.
Cristian confessa que a paixão pelo automóvel nasceu graças aos filmes e que o DeLorean é atração por onde passa. ;Sempre achei o carro lindo e posso dizer que comprei por ser fã tanto dele quanto da saga. Nos eventos, sempre chama muita atenção;, revela. Para realizar o sonho, o engenheiro importou o carro dos Estados Unidos. ;Contratei um despachante nos EUA e outro no Brasil. O resto, eu mesmo fiz! Para trazer o DeLorean, tive que estudar todos os processos e aprender passo a passo como importar.;
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