A Polícia Federal deflagra na manhã desta quinta-feira (18/5), mandados judiciais autorizados pelo ministro relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. A operação mira na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, entre eles pessoas ligadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e no Lago Sul, em Brasília.
[SAIBAMAIS]Ontem a delação do dono do maior grupo de proteína animal do mundo, Joesley Batista, abalou as estruturas do governo Temer e de seus aliados. Ele gravou o presidente dando o aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
O prédio da procuradoria-geral eleitoral também está sendo alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal nesse momento. Mesmo sem ter informações completas ainda, a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral confirmou que a ação está sendo acompanhada de perto pelo procurador-geral eleitoral Nicolao Gino e que mídias e computadores da PGE estão sendo apreendidos. Não se sabe ainda se a ação tem alguma relação com as delações reveladas ontem pelo empresário Joesley Batista envolvendo o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.
Na última terça-feira, dentro do âmbito do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico no processo que tramita no TSE, Gino pediu a inegibilidade da ex-residente Dilma Rousseff, mas poupou Temer da perda dos direitos políticos, alegando que no papel que existia na chapa presidencial de 2014 ele não tinha condições de negociar doações via caixa 2 da Odebrecht.
O julgamento no TSE, que foi interrompido em abri, será retomado no próximo dia 6 de junho e agora passa a ter uma importância fundamental diante do enfraquecimento político do presidente Michel Temer.