Curitiba ; A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (25/6), mandados de busca e apreensão determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em investigação contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Ele é suspeito de cometer falsidade na prestação de contas eleitoral e lavagem de dinheiro. As ações da 2; fase da Operação Acrônimo ocorrem em Brasília, Belo Horizonte e São Paulo.
Hoje, os policiais bateram à porta da agência de comunicação Pepper, em Brasília, que atua para políticos ligados ao PT. Ao todo, a PF pediu busca em 31 lugares, mas nem todos foram atendidos.
Conexão com Lava-Jato
Em depoimento à Operação Lava-Jato, um dos donos da empreteira Engevix, Gerson Almada, disse que o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, pediu dinheiro para a campanha de Pimentel. O pedido foi feito em 5 de dezembro de 2013, conforme anotação em agenda do empreiteiro apreendida pela PF, quando ele ainda era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Almada afirmou que não pagou nada, mas a Engevix fez doação de R$ 190 mil ao diretório do PT em Minas em 8 de agosto de 2014. Apesar disso, fontes com acesso à investigação da Acrônimo disseram ao Correio que esse fato ; relatado na Lava-Jato ; não foi incluído na apuração contra Pimentel no STJ.
Bené é um dos principais alvos da Acrônimo. Ele negou o encontro com Almada para tratar de dinheiro. A assessoria de Pimentel ; que nega qualquer irregularidade praticada por ele e por sua mulher ; disse ao jornal O Estado de S.Paulo ontem que não houve doações do empreiteiro investigado na Lava-Jato.