Politica

Substituto de Vaccari Neto deve ser anunciado hoje em reunião do PT

A corrente Mensagem ao Partido apresentará, na reunião de hoje, proposta de que os investigados pela Lava-Jato sejam ouvidos pela legenda

postado em 17/04/2015 08:08
Depois de quatro horas de reunião, o PT não conseguiu definir ontem o nome do substituto de João Vaccari Neto na tesouraria do partido. A expectativa é de que o escolhido seja anunciado hoje, em reunião do Diretório Nacional. Depois de assistir à prisão do petista, a legenda avalia agora como proceder em relação aos outros filiados investigados pela Operação Lava-Jato. Uma corrente da sigla defende que eles sejam afastados de cargos partidários.

Parte do PT quer Costa fora da liderança do partido no Senado

[SAIBAMAIS]O PT esbarra em duas dificuldades para escolher o novo tesoureiro. Além de procurar por um nome que tenha uma trajetória política sem escândalos, lideranças do partido têm resistido à possibilidade, sob a alegação de que, nos últimos dois anos, dois ocupantes do posto acabaram na prisão. Além de Vaccari, investigado na Justiça Federal, Delúbio Soares acabou condenado no processo do mensalão a seis anos e oito meses de prisão.

O nome natural para a posição seria Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff. Ele, no entanto, assumiu, há duas semanas, a Secretaria de Comunicação da Presidência. O presidente do PT, Rui Falcão, quer que o nome faça parte da Construindo um Novo Brasil (CNB), tendência majoritária da legenda. As lideranças da CNB tentam chegar a um nome desde a prisão de Vaccari, na quarta-feira.



A corrente Mensagem ao Partido apresentará, na reunião de hoje, proposta de que os investigados pela Lava-Jato sejam ouvidos pela legenda. Parte do grupo defende ainda que eles sejam afastados de cargos partidários. É o caso do senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, que faz parte da Comissão Executiva do partido. Ele está na lista de pedidos de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na reunião de ontem, lideranças do partido lamentaram que o afastamento de Vaccari só ocorreu depois da prisão. Para uma ala petista, o ex-tesoureiro deveria ter deixado o cargo quando surgiram as primeiras menções a ele na Lava-Jato. Outro grupo do partido, porém, teme que ele dê informações à Polícia Federal sobre outros supostos envolvidos no escândalo. Na nota sobre o afastamento, o PT fez um afago a Vaccari, garantindo que mantém a confiança na inocência dele.

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