postado em 18/12/2014 22:20
A presidenta Dilma Rousseff saiu nesta quinta-feira (18/12) mais uma vez em defesa da Petrobras, e conclamou a população a firmar um pacto contra a corrupção e afirmar que o crescimento do país vai se acelerar ;mais rápido do que alguns imaginam;. Em discurso na cerimônia de diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela disse também que cabe aos eleitos governarem bem e, ao segundo colocado, exercer o papel de oposição da melhor maneira possível. ;Como eleição democrática não é uma guerra, não produz vencidos;, declarou.
Dilma Rousseff discursou logo após receber o diploma - que a habilita a ser empossada no dia 1; de janeiro - das mãos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Tóffoli. Em uma fala voltada a promessas de ações conceituais, de como pretende iniciar o seu segundo mandato, ela fez questão de repetir palavras como ;novo;, ;mudança; e ;esperança;.
Os casos de corrupção da Petrobras foram explicitamente citados pela presidenta em meio à linha de raciocínio de que ;alguns funcionários; foram atingidos no processo, mas é preciso ;continuar acreditando na mais brasileira das nossas empresas;. O argumento utilizado foi o de que é preciso ;punir pessoas, não destruir empresas;. ;Estamos enfrentando com destemor, e vamos transformar [o caso] em energia transformadora;, defendeu. Essa luta contra os malfeitos foi exemplificada por Dilma com expressões para ;apurar com rigor tudo de errado;, ;criar mecanismos que evitem fatos como esse; e ;saber apurar, punir;.
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;Não podemos fechar os olhos a uma verdade indiscutível. Chegou a hora do Brasil dar um basta à corrupção;, declarou a recém-diplomada, para complementar que um ;grande pacto nacional contra a corrupção;, envolvendo todas as esferas da sociedade, ;vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa;. No entanto, não é um conjunto de novas leis que vai resolver os problemas, na opinião da presidenta. Ela disse que a mudança envolve uma nova consciência de moralidade pública na atual e nas próximas gerações. ;Quero ser a presidenta que ajudou a tornar esse processo irreversível;, continuou.
;Temos a felicidade de viver em um país onde a verdade não tem mais medo de aparecer;, afirmou. Punir os responsáveis, no entanto, não diminui a importância e a competência da empresa, de acordo com a presidenta reeleita. Para ela, é preciso continuar apostando na governança da Petrobras, no modelo de partilha e na política de conteúdo local. ;A Petrobras e o Brasil são maiores que qualquer problema e crise", acrescentou, e "por isso temos capacidade de superá-los e deles sair melhores e mais fortes;, afirmou.
Após a fala de Dilma, Dias Tóffoli declarou que as eleições são ;página virada; e ;que os especuladores que se calem;. ;Não há espaço para terceiro turno que possa vir a caçar voto desses 54.501.118 eleitores;, frisou.
;Estamos aqui cumprindo o desejo da maioria do povo brasileiro. O povo, na sua sabedoria, escolhe quem ele quer que governe e quem ele quer que seja oposição. Simples assim;, disse a presidenta ao iniciar o seu discurso, antes de dizer que saber vencer é fazer com que todos tenham oportunidades iguais para construir um futuro melhor.
;Ser a primeira mulher eleita e reeleita para ocupar o mais alto cargo da nação deixa minha alma plena de alegria, responsabilidade e destemor;, declarou Dilma Rousseff, para depois complementar que não deve ter medo de mudar a realidade, mesmo que seja difícil. ;Nem tampouco medo de mudar a si próprio, mesmo que isso cause algum desconforto;.
Após dizer que as portas a serem fechadas são as da corrupção, e não as do crescimento e do progresso, Dilma anunciou que reserva para o seu discurso de posse, daqui a duas semanas, o detalhamento de ;medidas que vamos tomar para mais crescimento, mais desenvolvimento econômico e mais progresso social;. Ao terminar sua fala, convocou todos os brasileiros que a acompanhem ;nessa caminhada de transformação e de mudança;.
Ocorrida no plenário do TSE, a cerimônia de diplomação contou com a presença de autoridades como os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; do Senado Federal, Renan Calheiros; e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; além do procurador-geral da República, Rodrigo Janot; do comandante da Força Aérea Brasileira, Juniti Saito; e dos ex-presidentes da República José Sarney e Luiz Inácio Lula da Siva.