postado em 21/01/2014 08:23
O secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro (PT), praticamente garantido como novo ministro da Saúde após intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reforma ministerial, é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A presidente Dilma Rousseff deve se reunir hoje com Chioro para bater o martelo em torno do seu nome. Em setembro do ano passado, a promotora Taciana Trevisoli Panagio, que atua em São Bernardo do Campo, instaurou inquérito civil público para apurar a denúncia de que Chioro, além de comandar a pasta municipal, é dono de uma empresa da área que prestava consultorias para prefeituras petistas.A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento LTDA., que tem Chioro como sócio majoritário, manteve contratos sem licitação com várias prefeituras de São Paulo, incluindo administrações do seu próprio partido. A empresa prestou serviços, por exemplo, para a Prefeitura de Ubatuba, comandada pelo petista Maurício Morozimato. Também foi firmado contrato com o município de Botucatu, durante a gestão do petista Antônio Mário de Paula Ferreira. A Lei Orgânica do Município (LOM) de São Bernardo do Campo não permite secretários municipais serem donos de empresas que mantêm contratos com entes públicos.
Na tarde de ontem, por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público, a promotora Taciana Trevisoli apenas confirmou que o procedimento está em curso. Para não atrapalhar a investigação em andamento, ela preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Informou que já fez o pedido de informação ao secretário de Saúde. O MPSP comunicou que ainda não existe uma previsão para conclusão do inquérito.
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