O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Santa Catarina, desmentiu, na manhã de ontem, nota de esclarecimento divulgada pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e pelo Ministério da Justiça na sexta-feira à noite. As duas pastas informaram que o helicóptero utilizado pela ministra Ideli Salvatti em visitas à base eleitoral, em Santa Catarina, ;não é conveniado ao Samu desde agosto de 2012;, portanto não poderia mais realizar remoção de vítimas de acidentes. Ao contrário do que diz o comunicado, o Samu, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, esclareceu que o convênio com a Polícia Rodoviária Federal para o resgate de pacientes graves está em pleno vigor.
[SAIBAMAIS]O contrato em questão venceu em março do ano passado e acabou renovado em dezembro. Este ano, inclusive, a aeronave, segundo o governo catarinense, já foi utilizada pelo Samu no atendimento a feridos. Na mesma nota, a SRI e o Ministério da Justiça alegam que ;nos dias em que houve utilização do helicóptero, não ocorreu nenhum acidente que justificasse a requisição da aeronave para prestação de socorro.; O Samu em Santa Catarina não confirma a informação. Alega apenas que, em pelo menos dois dias em que a ministra utilizou o helicóptero, ;os registros mostraram que o Patrulha estava baixado para atividade de saúde, ou seja, estava em atividade policial;.
A Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina também salientou que a aeronave da PRF ;quando está em atividade de saúde atende acidentes de trânsito nas rodovias estaduais, federais e nas vias dentro das cidades;. Em Santa Catarina, a Polícia Rodoviária Federal tem apenas um helicóptero, que é justamente o modelo Bell 407 utilizado prioritariamente para salvar vidas.
;O objetivo de integrar as equipes do Samu e da PRF é ampliar e agilizar os atendimentos de acidentes nas rodovias federais do estado, além de fazer transferência de pacientes graves, em todo o território catarinense;, informou o governo de Santa Catarina no fim do ano passado, quando o contrato acabou renovado.
Após a denúncia do Correio, no início de outubro, o MPF em Joinville instaurou inquérito civil público para apurar o caso. Dados colhidos por três procuradores da República apontam acidentes com mortes nos dias em que a ministra utilizou a aeronave. A investigação, agora, procura detalhar as circunstâncias de cada ocorrência.
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